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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O vice de Arthur Lira na Câmara comprou briga com o bolsonarismo

Marcelo Ramos (PL-AM), ex-comunista que hoje é de um partido do Centrão, contesta decretos sobre armas de Bolsonaro e vira alvo de bolsonaristas nas redes

Por Da Redação Atualizado em 15 fev 2021, 17h15 - Publicado em 15 fev 2021, 17h08
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  • O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), primeiro vice-presidente da Câmara
    O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), primeiro vice-presidente da Câmara (Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

    O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) sentou na cadeira de primeiro vice-presidente da Câmara há menos de quinze dias e já provocou a ira de bolsonaristas, que estão em lua-de-mel com a troca de comando da Casa, após a vitória de Arthur Lira (PP-AL) e a saída do desafeto Rodrigo Maia (DEM-RJ).

    Tudo porque no domingo, 14, ele publicou um post no Twitter criticando os quatro novos decretos do presidente Jair Bolsonaro — publicados na sexta-feira, 12, no Diário Oficial da União — flexibilizando a compra de armas, uma das bandeiras que mais mobilizam os bolsonaristas radicais.

    “Mais grave que o conteúdo dos decretos (…) é o fato de ele exacerbar do seu poder regulamentar e adentrar numa competência que é exclusiva do Poder Legislativo”, escreveu. E completou: “O presidente pode discutir sua pretensão, mas encaminhando projeto de lei à Câmara”.

    A partir daí, ele passou a ser alvo de ataques nas redes sociais de vários militantes bolsonaristas anônimos, que lembraram até o passado comunista de Marcelo Ramos, que hoje é do PL, um dos principais partidos do Centrão, bloco que apoia Bolsonaro e que levou Lira à vitória na Câmara. Antes, no entanto, Ramos, que está no seu primeiro mandato, foi do PCdoB entre 2000 e 2009 e do PSB, de 2009 a 2015.

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    Bolsonaristas mais célebres também foram para cima do novo primeiro vice-presidente da Câmara, como o ex-líder do governo e hoje líder do PSL, deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

    “Quem fala pela Câmara é seu presidente, respaldado pela maioria absoluta de seus deputados. Vozes paralelas aparecendo como se falassem pelo todo. Parte da imprensa repercute porque alinhada com seu discurso esquerdista. Bora discutir, votar e descobrir o que a Câmara pensa”, escreveu.

    José Medeiros (Podemos-MT), vice-líder do governo Bolsonaro, também criticou. “Se ele tivesse se posicionado no campo da oposição, com certeza não seria hoje vice-presidente da Câmara. Usa nossos votos e, logo após ser eleito, dá um chute na nossa cara. Difícil isso”, afirmou.

    O burburinho cresceu tanto que obrigou o próprio Arthur Lira a se posicionar. “Ele (Bolsonaro) não invadiu competência, não extrapolou limites já que, na minha visão, modificou decretos já existentes. É prerrogativa do presidente. Pode ter superlativado na questão das duas armas para porte, mas isso pode ser corrigido”, afirmou ao blog da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

    Após a polêmica, Marcelo Ramos voltou a falar sobre o caso, anunciou que não iria entrar em discussão, mas defendeu “medidas que protejam a vida, a saúde e o emprego dos brasileiros.”

    Apesar de estar no primeiro mandato, Marcelo Ramos, que é advogado, já ocupou outras posições de destaque na Câmara, como o de presidente da comissão que aprovou a reforma da Previdência em 2019 e a da comissão da PEC da prisão em segunda instância.

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