O que Boulos revelou sobre consumo de drogas no último debate
Candidato do PSOL foi provocado por Pablo Marçal durante encontro promovido por UOL e 'Folha de S. Paulo' nesta segunda-feira
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), candidato a prefeito de São Paulo, afirmou que jamais usou cocaína, mas admitiu já ter experimentado maconha. A declaração ocorreu durante o debate promovido pelo portal UOL e pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 30, ao ser questionado por Pablo Marçal (PRTB).
Marçal já afirmou mais de uma vez, sem provas, que o adversário seria usuário de cocaína. Nesta manhã, durante encontro entre os candidatos, ele voltou a falar sobre o assunto e citou uma passagem de Boulos pelo Hospital do Servidor Público, insinuando que ele teve problemas com drogas. O candidato do PSOL esclareceu que foi internado por depressão crônica quando tinha 19 anos.
“Quando ele cita o Hospital do Servidor, ele está se referindo a um período quando, com 19 anos, eu enfrentei uma depressão crônica. Nunca disse isso publicamente porque não cabe”, disse. Boulos afirmou ainda que a “baixaria de Marçal não tem limite” e que o rival foi ao debate “só para tumultuar”.
O coach também questionou o adversário diretamente sobre o uso de drogas. “Nunca usei cocaína, para que fique muito claro. Não uso drogas. Maconha eu provei uma vez na adolescência, me deu uma dor de cabeça danada. E nunca mais. Quem me conhece sabe muito bem disso”, respondeu Boulos.
Conforme uma reportagem da Folha de S.Paulo, o processo sobre posse de drogas para consumo pessoal que estaria embasando as acusações de Marçal contra o candidato do PSOL é de 2001 e se refere a um homônimo, Guilherme Bardauil Boulos. Em 29 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) condenou o coach a pagamento de multa de 30.000 reais por dizer que o oponente é um drogado” que “já foi preso portando droga”.
Como VEJA mostrou, o debate com os candidatos à prefeitura de São Paulo, realizado nesta segunda-feira, 30, teve poucos momentos propositivos. Os participantes usaram a maior parte do tempo para fazer ataques e acusações contra os oponentes. Além de Boulos e Marçal, participaram Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB).