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Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

O que Bolsonaro tem dito em maratona de entrevistas à imprensa dos EUA

Ao 'The New York Times', 'The Wall Street Journal' e 'Bloomberg' ex-presidente reafirma tese de perseguição jurídica

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jan 2025, 15h44 - Publicado em 30 jan 2025, 12h54

Alvo de diversas investigações, o ex-presidente Jair Bolsonaro tem turbinado a participação em entrevistas, sobretudo a veículos americanos, após a posse do aliado Donald Trump para um segundo mandato à frente dos Estados Unidos.

Bolsonaro tem procurado seguir um roteiro nas declarações, que abordam tópicos que vão desde uma suposta perseguição jurídica a planos para o seu próprio futuro político.

Nesta quinta-feira, 30, a revista Bloomberg divulgou uma entrevista na qual o ex-presidente afirma “dormir bem”, mas que enxerga como questão de tempo o avanço das investigações da Polícia Federal contra si. Bolsonaro procurou reforçar a narrativa de que tem sofrido as mesmas represálias de que Trump foi alvo nos últimos anos e chegou a comparar as invasões do Capitólio, em 2021, com os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.

Bolsonaro foi indiciado em três inquéritos: por uma suposta fraude no cartão de vacinação, pelo recebimento de joias sauditas e o mais recente — e grave — por participação na trama golpista após a vitória de Lula nas eleições de 2022. O ex-mandatário também comentou a delação de seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, disse que as declarações têm sido “absurdas” e afirmou que Cid estaria sendo chantageado. Em gravação obtida por VEJA, o delator afirma nunca ter dito a palavra “golpe”, e se diz indignado com o conteúdo das delações.

Sobre o futuro político, Bolsonaro também reforçou que seu nome é o único na direita capaz de derrotar Lula em 2026. Por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele está inelegível até 2030. Com a ajuda do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), ele espera ampliar as conversas com órgãos internacionais para reforçar a ideia de que tem sido alvo de perseguição política. A campanha de entrevistas internacionais, inclusive, faz parte dessa empreitada.

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Bolsonaro chegou a tentar participar da posse de Trump, mas não foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — seu passaporte está retido há quase um ano devido às investigações que apuram a tentativa de golpe de Estado.

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Périplo

O roteiro de declarações tem se repetido em outras entrevistas concedidas por Bolsonaro. Em entrevista ao The New York Times divulgada em 16 de janeiro, o ex-presidente afirmou sentir-se “vigiado o tempo todo” no âmbito da investigação que apura a trama golpista e classificou a sua inelegibilidade como um “estupro da democracia”. “Não estou preocupado em ser julgado. Minha preocupação é quem vai me julgar”, declarou.

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Ele disse ainda que apoiaria algum de seus filhos em uma disputa ao Congresso, mas não à Presidência da República. Com Bolsonaro barrado pelo TSE, aliados têm cogitado lançar o nome de Eduardo Bolsonaro numa chapa com o pai. Em eventual cassação de Bolsonaro, Eduardo assumiria à chapa — semelhante ao que aconteceu nas eleições de 2018, quando Fernando Haddad, então candidato a vice, tornou-se a cabeça de chapa após a Justiça Eleitoral confirmar a inelegibilidade de Lula.

Em uma sinalização de alinhamento com o novo presidente namericano, Bolsonaro também elogiou a decisão da Meta, plataforma dona do Facebook, WhatsApp e Instagram, de por fim às iniciativas de moderação de conteúdo.

No final de novembro, Bolsonaro já havia concedido outra entrevista, ao The Wall Street Journal. Na ocasião, afirmou ver a eleição de Trump como uma “oportunidade” para seu futuro político e declarou que o apoio do republicano poderia gerar sanções contra o governo Lula e, assim, pavimentar sua estratégia de retornar à presidência mesmo com a inelegibilidade. De acordo com a publicação, a aposta de Bolsonaro é a de que Trump pressione juízes brasileiros a suspenderam a decisão que o deixou inelegível.

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