O plano de Pablo Marçal para frear o impacto do horário eleitoral na TV
Campanha do PRTB projeta propaganda política nas redes sociais para competir com a televisão
Após o salto de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas de intenção de voto que desnorteou os adversários na eleição de São Paulo, o coach estagnou nos levantamentos. Uma das avaliações na campanha de Marçal – e entre os adversários – é que o horário eleitoral surtiu efeito sobre a opinião dos eleitores.
Segundo o coordenador da campanha, Tassio Renam, a candidatura do PRTB vai apresentar nos próximos dias um programa nas redes sociais no mesmo horário que as campanhas com tempo de rádio e televisão exibirão a propaganda eleitoral gratuita nas mídias analógicas. A propaganda política do coach terá investimento em tráfego pago para impulsionar os conteúdos.
Pouco antes do início do horário eleitoral, o comportamento agressivo com golpes baixos nos debates e lacração nas redes sociais elevou Marçal nas pesquisas que encostou em Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). No entanto, os levantamentos divulgados após o dia 30 de agosto, quando começou o horário eleitoral gratuito, mostram dificuldades do coach para voltar a subir.
De acordo com a campanha de Nunes, o horário eleitoral foi uma das principais razões para o atual prefeito se descolar (um pouco) do coach. A propaganda política, na avaliação do entorno do candidato do MDB, consegue atrair o voto de indecisos, principalmente, entre o eleitorado de baixa renda.
Disputa em São Paulo
O último levantamento eleitoral sobre a disputa pela prefeitura paulistana, divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta sexta-feira, 20, mostra Ricardo Nunes na liderança com 26,8% dos votos. Se considerada a margem de erro de 2,6 pontos percentuais, o prefeito está tecnicamente empatado com Guilherme Boulos, que tem 23,7% das intenções de voto. Pablo Marçal tem 21%, o que coloca o coach em empate com Boulos, mas não com Nunes. A pesquisa ainda mostra Tabata Amaral (PSB) com 6,3%, José Luiz Datena (PSDB), com 7%, e Marina Helena (Novo), com 1,9%.
O instituto entrevistou pessoalmente 1.500 eleitores entre os dias 16 e 19 de setembro de 2024. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para cima e para baixo e o grau de confiança é de 95%. Os dados foram registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-03057/2024.