O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, usou o episódio da cadeirada contra Pablo Marçal (PRTB) em um debate eleitoral para exercer um direito de resposta contra o adversário nesta sexta-feira, 27.
No vídeo publicado nos perfis do adversário nas redes sociais, Nunes surge carregando uma banqueta, em referência ao fato de o coach ter sido agredido por José Luiz Datena (PSDB) com uma cadeira durante o debate da TV Cultura.
Nunes diz apenas: “Pablo Henrique, mais um direito de resposta” e sai de cena, deixando o banco no chão. Depois, um texto aparece na tela. “Esse banco está aqui em forma de protesto pelo desrespeito do candidato Pablo ao povo de São Paulo e a mim. Pablo Henrique, olhe para esse banco e reflita sobre o conselho que teu pai te deu: Honra tua família, sai dessa!”. Assista abaixo:
Marçal publicou o vídeo após decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Nos comentários, o coach escreveu: “Bananinha e sua banqueta”, com emojis de risada.
A campanha de Nunes pediu direito de resposta a uma publicação no perfil de Marçal que dizia, sem provas, que o Datafolha teria manipulado os dados de pesquisas eleitorais para favorecer Nunes, que estaria envolvido em “falcatruas” para enganar eleitores “incautos”. Na ação, o prefeito alegou indevida imputação de prática de fraude, abuso de poder econômico e político.
Paraná Pesquisas
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira, 27, mostra que Ricardo Nunes e Guilherme Boulos (PSOL) oscilaram para cima em relação à semana passada e seguem empatados dentro da margem de erro. Embora tenha oscilado para baixo, Marçal ainda tem chances de ir ao segundo turno em São Paulo.
De acordo com a pesquisa, o prefeito tem 28,0% das intenções de voto (tinha 26,8% na rodada anterior), contra 24,9% de Boulos (que tinha 23,7%). O coach foi de 21,0% para 20,5%. Depois, aparecem a deputada Tabata Amaral (PSDB), com 7,3%; o apresentador José Luiz Datena (PSDB), com 7,1%, e a economista Marina Helena (Novo), com 2,1% — na pesquisa anterior, eles tinham respectivamente 8,3%, 7,9% e 1,9%.
Entre os entrevistados, 4,9% disseram que iriam votar em branco, nulo ou nenhum, enquanto 3,9% declararam não sabem ou não responderam. A pesquisa ouviu 1.500 eleitores entre os dias 23 e 26 de setembro. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais para mais ou para menos.