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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Novas pesquisas mostram situação difícil para o PT em várias capitais

Rodada de sondagens da Quaest mostra que candidatos apoiados por Lula podem nem ir ao segundo turno em importantes cidades do país

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 set 2024, 16h43 - Publicado em 19 set 2024, 10h12

Ninguém disse que seria fácil. Novas pesquisas Quaest/TV Globo divulgadas nesta semana mostram que o PT, que não elegeu nenhum prefeito em capitais nas eleições municipais de 2020, continua com dificuldades na disputa deste ano. As últimas sondagens apontam um cenário complicado para o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em algumas das principais cidades, com os candidatos petistas apoiados por ele sob ameaça de não chegarem nem ao segundo turno.

Em Belo Horizonte, o deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos) continua na liderança, com 28% das intenções de votos, seguido pelo prefeito Fuad Noman (PSD), que tem 20%, e pelo deputado estadual Bruno Engler (PL), com 18% — eles estão empatados na margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Já o deputado federal Rogerio Correia, candidato do PT, figura com 5% e não lidera nem mesmo o bloco da esquerda, já que à frente dele está a deputada federal Duda Salabert (PDT), que tem 10%.

Já em Porto Alegre, o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) chegou a 41% das intenções de voto e abriu nada menos do que 17 pontos sobre Maria do Rosário (PT), que tem 24%. O avanço do emedebista é um sinal de alerta para a campanha petista: o levantamento anterior da Quaest, do final de agosto, mostrava empate técnico entre ambos, com apenas 5 pontos de diferença (Melo tinha 36%, e Rosário, 31%).

A nova rodada divulgada nesta semana também mostra outro agravante: a ex-deputada Juliana Brizola (PDT) cresceu 6 pontos percentuais, chegando a 17%. O avanço da neta do ex-governador Leonel Brizola, que é apoiada pelo governador Eduardo Leite (PSDB), mostra que pode haver uma disputa no campo da esquerda para ver quem enfrentaria Melo em um eventual segundo turno contra o prefeito.

Em Florianópolis, o candidato do PT está atrás até mesmo do candidato do PSOL. O ex-vereador Vanderlei Farias, o Lela (PT), tem 6% das intenções de voto, enquanto o deputado estadual Marcos José de Abreu, o Marquito (PSOL), tem 14%. Segundo a Quaest, o atual prefeito Topázio Neto (PSD) aumentou a vantagem sobre os adversários, chegando agora a 43%. Na sequência, figura o ex-senador Dário Berger (PSDB), com 15%, em um empate técnico com Marquito.

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Ainda na Região Sul, Curitiba mostra outro cenário de dificuldades para o PT. O partido, que após divergências internas decidiu não lançar candidato próprio, está apoiando o ex-prefeito Luciano Ducci (PSB). O candidato socialista aparece em segundo lugar, mas bem distante de Eduardo Pimentel (PSD), que, apoiado pelo governador Ratinho Jr. (PSD), tem 36% das intenções de voto. Na pesquisa anterior, o cenário era de empate quádruplo na cidade, incluindo ainda os candidatos Ney Leprevost (União Brasil) e Roberto Requião (Mobiliza).

Salvador é outro exemplo de capital na qual o PT não apresentou nome próprio, optando pelo apoio ao vice-governador Geraldo Júnior (MDB), que amarga 6% das intenções de voto — na última rodada da Quaest, ele tinha 9%. O prefeito Bruno Reis (União), aliado de ACM Neto, lidera com folga a disputa, com 74%.

Exceção

A cidade de Goiânia tem se mostrado um ponto fora da curva no que diz respeito ao desempenho do PT. Na capital que é considerada uma das principais do agronegócio, o empresário e ex-deputado Sandro Mabel (União Brasil), apoiado pelo governador Ronaldo Caiado, e a deputada federal Adriana Accorsi (PT) protagonizam uma disputa acirrada.

Mabel tem 24% das intenções de voto, enquanto Accorsi tem 22%. Estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro, que é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O aliado de Caiado oscilou de 19% para 24% em relação à rodada anterior, enquanto a parlamentar manteve o percentual da última pesquisa.

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