Conhecida pelas divisões internas, a Universidade de São Paulo (USP) aparenta alguma coesão na véspera da paralisação de universidades e colégios contra o contingenciamento de recursos anunciado pelo Ministério da Educação, marcada para esta quarta-feira, 15. Segundo o Diretório Central de Estudantes da USP, 45 cursos distribuídos em três cidades aderiram à greve.
Só em São Paulo, participarão da paralisação a Escola Politécnica e as faculdades de Direito, Medicina, Economia e Administração, Letras, Geografia, Biologia, Odontologia, Farmácia, Física, Educação Física, Veterinária, Psicologia, entre outras. Estudantes da USP nas cidades de Ribeirão Preto (SP), São Carlos (SP) e Piracicaba (SP) também vão fazer protestos. O número de cursos na paralisação ainda pode crescer, já que alguns deles ainda não concluíram suas assembleias de estudantes na noite desta terça-feira, 14.
Estadual, a USP não será atingida pelo contingenciamento de 30% nas despesas de custeio das universidades federais anunciado pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. No entanto, a universidade é afetada pelo congelamento de 3.474 bolsas de estudo ociosas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A Capes oferece, no total, 200.000 bolsas de pós-graduação.