Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

MPF vai investigar se o Banco do Brasil apoiou a escravidão no século XIX

Em nota, instituição diz que atua para promover igualdade racial e esforços de reparação histórica

Por Bruno Caniato Atualizado em 13 Maio 2024, 20h51 - Publicado em 29 set 2023, 16h19
  • Seguir materia Seguindo materia
  • banco do brasil
    SIGILO - Acordo de R$ 600 milhões entre banco e usina de cana foi fechado no início do governo Lula (Luiz Souza/NurPhoto/Getty Images)

    O Ministério Público Federal instaurou uma investigação para apurar a relação entre o Banco do Brasil e a escravidão no século XIX. O MPF quer que a estatal esclareça se lucrou com o tráfico de pessoas negras escravizadas e se apoiou essa prática por agentes privados.

    O inquérito civil público foi instaurado a pedido de integrantes da comunidade acadêmica e faz parte de um esforço investigativo para mapear a responsabilidade de instituições brasileiras em relação ao comércio escravagista.

    Movida por quinze historiadores ligados a universidades brasileiras e estrangeiras, o pedido de investigação exige que o banco forneça informações sobre o financiamento do tráfico de escravos e a capitalização do próprio BB com a prática no período imperial, além de se posicionar oficialmente a respeito dessa relação econômica e informar as suas iniciativas de apuração e reparação histórica. A notificação dá o prazo de 20 dias para o envio dos documentos — em 27 de outubro, a presidência do Banco do Brasil e os acadêmicos devem se reunir na Procuradoria da República no Rio de Janeiro.

    Uma das organizações mais antigas da história nacional, o Banco do Brasil foi criado em 12 de outubro de 1808, mesmo ano em que o rei Dom João VI e sua corte se mudaram de Portugal para terras brasileiras. Uma crise financeira obrigou o banco a fechar as portas duas décadas depois e, quando foi refundado, em 1853, tinha entre seus acionistas alguns dos maiores traficantes de negros escravizados do Brasil. “As subscrições para a integralização do capital do banco provinham dessas atividades, sendo que as maiores fortunas do Rio de Janeiro estavam claramente associadas ao comércio transatlântico de africanos”, explicam os procuradores Aline Caixeta, Jaime Mitropoulos e Julio José Araujo Junior.

    Continua após a publicidade

    Em nota divulgada à imprensa, o Banco do Brasil defende que a reparação histórica pela escravidão é responsabilidade de toda a sociedade e afirma estar “à disposição do MPF para continuar protagonizando e envolver toda a sociedade na busca pela aceleração deste processo”. A instituição também diz estar comprometida com a inclusão racial e o combate à discriminação, listando parcerias firmadas com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o Ministério da Igualdade Racial e a Universidade Zumbi dos Palmares.

    (Com Agência Brasil)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.