Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Mortes de Dom e Bruno completam um ano em meio a julgamento tumultuado

Audiências de instrução na Justiça do Amazonas têm adiamentos por queda de internet e falta de luz e depoimentos dos réus anulados pelo TRF1

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 Maio 2024, 00h06 - Publicado em 5 jun 2023, 12h36

Os assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips no Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, completam um ano nesta segunda-feira, 5, em meio a um acidentado julgamento dos responsáveis pelos crimes na Justiça Federal de Tabatinga (AM), com adiamentos, problemas técnicos e o primeiro depoimento dos réus anulado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1). 

As audiências de instrução do caso começaram em março. Nessa etapa, as provas são analisadas para que o juiz decida se os acusados irão a júri popular. As três primeiras sessões foram adiadas por falhas de internet nos presídios em que os réus estão presos e por falta de energia em Tabatinga. Depois, testemunhas da defesa e da acusação foram ouvidas.

Integram o banco dos réus os pescadores Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”, e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”. Outros dois suspeitos, já presos por outros crimes, foram indiciados pela Polícia Federal: Rubén Villar, o “Colômbia”, apontado como mandante do crime, e o pescador Jânio Freitas de Souza — o Ministério Público Federal não ofereceu denúncia contra eles até o momento. No último dia 19, a Polícia Federal também indiciou o ex-presidente da Funai, Marcelo Xavier, por suposta omissão no caso. 

A defesa dos acusados é composta de seis advogados, entre eles Américo Leal, que ganhou notoriedade no julgamento do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, com seis tiros em 2005, em Anapu (PA). Ele integrou a defesa do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, sentenciado a trinta anos de prisão em 2013 por ser o mentor intelectual e mandante do crime. No julgamento, Leal disse que Stang “veio a morrer fruto da própria violência que pregou”, disse que ela era o “diabo” e acusou-a de estar a favor de um “projeto de colonização da Amazônia”. O advogado também fez parte da defesa do coronel Mário Colares Pantoja, condenado pelo massacre de Eldorado dos Carajás (PA) em 1996, quando dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar.

No dia 9 de maio, os réus prestaram depoimento à Justiça pela primeira vez e mudaram as versões sobre o caso. Amarildo e Jefferson confessaram novamente os assassinatos, mas passaram a dizer que foram ameaçados por Bruno e agiram em legítima defesa. Já Oseney nega participação no crime. Na ocasião, houve discussão entre o juiz Fabiano Verli e uma das advogadas, Goreth Campos Rubim, após a defesa afirmar que Bruno teria sido exonerado da Funai por envolvimento em um massacre contra indígenas, o que não é verdade. O órgão divulgou uma nota em que repudia a tentativa de “manchar a memória” do indigenista.

Continua após a publicidade

Os primeiros depoimentos dos réus foram anulados após uma decisão da Quarta Turma do TRF1, que decidiu acolher um pedido da defesa para a oitiva de novas testemunhas. Depois que todas elas forem ouvidas, os acusados serão interrogados novamente. 

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.