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Mesmo errando, Osmar Terra insiste em previsões ‘furadas’ em rede social

Ex-ministro da Cidadania ganhou um apelido pejorativo de seus colegas de Congresso por defender teses sobre a pandemia que não se sustentam

Por André Siqueira Atualizado em 7 jul 2020, 12h49 - Publicado em 7 jul 2020, 12h10
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  • Ex-ministro da Cidadania e importante conselheiro do presidente Jair Bolsonaro para a área da saúde, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) segue a sua sina de propagador de previsões e palpites que não se confirmam sobre a pandemia do novo coronavírus. Em seus perfis nas redes sociais, o parlamentar gaúcho, que é médico, coloca em xeque os efeitos do isolamento social e continua defendendo a hidroxicloroquina mesmo após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter encerrado os estudos com o medicamento, dada a sua ineficácia em reduzir a mortalidade de pacientes infectados com a Covid-19.

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    No início de abril, Osmar Terra afirmou que a quarentena não possuía efeito prático para o achatamento da curva de contágio. Disse, ainda, em uma publicação no Twitter, que o Brasil chegaria ao pico da pandemia “antes do final de abril”. “No Brasil, onde estamos sendo submetidos a uma quarentena radical que destrói nossa economia e empregos, eu pergunto : onde está o achatamento da curva??!! Não existe. Com a quarentena ou não, chegaremos ao pico da epidemia antes do final de abril”, escreveu.

    Duas semanas depois, ainda em abril, o parlamentar afirmou que os óbitos por coronavírus não Brasil não ultrapassariam o número de mortes registradas por gripe suína (H1N1) na epidemia que atingiu o país entre 2009 e 2010 e deixou 2.098 mortos. Até o final de abril, segundo dados do Ministério da Saúde, já haviam sido registrados mais de 4.200 mortes por Covid-19. Na segunda-feira, 6, o Brasil já contava mais de 65.000 mortes.

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    Dois meses depois, em junho, Osmar Terra fez uma nova estimativa sobre o número de mortes. Desta vez, contrariando o que havia dito em abril, afirmou categoricamente que a epidemia acabaria em junho. Na publicação, o ex-ministro destacou uma notícia que afirmava que a ocupação dos leitos de UTI havia caído na cidade de São Paulo. “A curva de contágio da Covid-19 já passou pelo pico e está caindo durante o mês de maio, como prevíamos. Todas as cidades mais afetadas registram quedas de internação diária. A trajetória do vírus ignorou a quarentena, não achatou curva alguma. Epidemia termina em junho”, escreveu. Como se sabe, Terra estava equivocado – mais uma vez.

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    No Congresso, as previsões equivocadas, a defesa de teses que não se sustentam e o não reconhecimento de seus erros renderam ao ex-ministro o apelido pejorativo de “Osmar Trevas”, um trocadilho com seu sobrenome. Vale destacar, ainda, que, na avaliação de aliados de Bolsonaro no Legislativo, o parlamentar gaúcho é raso tecnicamente e entra em debates ideológicos para agradar ao presidente, como VEJA mostrou ainda em fevereiro deste ano. Quando o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde, Terra foi cotado para assumir o cargo.

    Mesmo apesar de tantos tropeços estatísticos, Osmar Terra segue falando para os seus apoiadores em seu perfil no Twitter. Em julho, o deputado federal ainda tem feito publicações criticando o isolamento social e defendendo o uso da hidroxicloroquina.

    “Mais isolamento social é igual a mais mortes”, diz em um post do dia 4 de julho. Nesta terça-feira, 7, o parlamentar replicou uma matéria de um site bolsonarista, conhecido por propagar notícias falsas, segundo o qual o prefeito de Campo Grande (MS), Marcos Trad, irmão do senador Nelsinho Trad (PSD-MS) e do deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) e primo de Mandetta, “suplica por cloroquina” para “salvar vidas”.

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