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Juíza que condenou Lula no caso do sítio quer deixar vara da Lava-Jato

Gabriela Hardt manifestou interesse de ser removida ao cargo de juíza substituta em varas de Itajaí (SC), Florianópolis e Curitiba

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2023, 15h40 - Publicado em 22 Maio 2023, 13h28
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  • Juíza substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde tramitam os processos da Operação Lava-Jato na Justiça Federal do Paraná, Gabriela Hardt pretende deixar o posto em breve. Em um edital de remoção de juízes federais substitutos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a magistrada manifestou interesse em vagas para o cargo em outras 35 varas, distribuídas entre Itajaí (SC), Florianópolis e Curitiba. Fontes do TRF4 dizem que o destino dela deve ser a capital catarinense, onde há uma vaga aberta entre as 28 consideradas no edital. O substituto dela possivelmente será o juiz Guilherme Roman Borges.

    A 13ª Vara de Curitiba tem como titular atualmente o juiz federal Eduardo Appio, um crítico dos métodos do ex-juiz federal Sergio Moro, hoje senador pelo Paraná, filiado ao União Brasil. Conhecida pelo alinhamento à atuação de Moro, Gabriela Hardt foi a responsável por condenar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão no caso da Lava-Jato que envolvia o suposto pagamento de propina ao petista por meio de obras em um sítio em Atibaia (SP).

    Revelada por VEJA em abril de 2015, a propriedade no interior paulista recebeu reformas das empreiteiras Odebrecht e OAS a um custo de 1 milhão de reais, segundo a denúncia do Ministério Público Federal.

    A sentença de Gabriela contra Lula, que depois acabou anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), assim como outros casos contra o petista na Lava-Jato do Paraná, foi alvo de polêmica pelo fato de a juíza substituta ter se valido de um “copia e cola” da sentença assinada por Moro no caso do tríplex do Guarujá. Em trechos do documento, Gabriela Hardt chegou a trocar “sítio” por “apartamento”. A magistrada substituta admitiu ter usado a sentença de Moro como “modelo”.

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