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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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‘Janjapalooza’ vira alvo da oposição para criticar gastos das estatais

Festival de música que ocorre em paralelo ao G20 serviu de munição para parlamentares questionarem as prioridades do governo

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 nov 2024, 12h51 - Publicado em 15 nov 2024, 10h20
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  • O festival de música que ocorre em paralelo às reuniões do G20 no Rio de Janeiro tem sido alvo de críticas da oposição ao governo Lula. Devido ao empenho da primeira-dama Janja da Silva, que colabora com o Ministério da Cultura na organização do evento, os shows, que iniciaram na quinta, 14, e vão até sábado, 16, foram apelidados de “Janjapalooza”. O patrocínio de empresas estatais virou munição para parlamentares questionarem as prioridades dos gastos do governo.

    Ao menos três deputados do PL pediram investigações no Tribunal de Contas da União (TCU): Ubiratan Sanderson (PL-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), que também fez uma reclamação na ouvidoria de Itaipu, estatal onde Janja trabalhou entre 2005 e 2019, e Luiz Phillipe de Orléans e Bragança (PL-SP).

    “O envolvimento direto da primeira-dama na organização do evento levanta dúvidas sobre a impessoalidade administrativa. O dinheiro de imposto deve ser usado com responsabilidade e transparência, priorizando áreas essenciais como saúde e educação”, escreveu Orleáns e Bragança na representação enviada ao TCU.

    A Itaipu investiu 15 milhões de reais no patrocínio ao “Aliança Global Festival Contra a Fome e a Pobreza” e nos eventos paralelos de encerramento do G20. Críticos questionam se os sócios paraguaios não vão exigir uma contrapartida com um montante semelhante, já que a maioria das despesas de Itaipu são “espelhadas” nas duas margens. No entanto, como o Brasil consome mais energia e é responsável por 85% do orçamento, pagaria mais: cerca de 26 milhões de reais.

    A VEJA, a estatal afirmou que “os recursos destinados aos patrocínios provêm exclusivamente da margem brasileira da Itaipu”, porém, “a margem paraguaia possui plena autonomia para definir suas prioridades e a alocação de seus recursos em iniciativas e projetos no Paraguai”. A Itaipu também garantiu que o patrocínio não afetaria a tarifa da conta de luz.

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    “O acordo firmado em abril de 2024, que regula a tarifa para o período de 2024 a 2026, assegura que os patrocínios e demais despesas da Itaipu Binacional não impactem o custo da energia elétrica para os consumidores brasileiros, garantindo a estabilidade tarifária sem reflexo dos investimentos sociais e culturais”, declarou a empresa que também afirmou: “os patrocínios apoiados pela Itaipu buscam promover o desenvolvimento socioeconômico e cultural, alinhando-se sempre ao Tratado de Itaipu e aos regulamentos internos”.

    Além de Itaipu, a Petrobras é outra estatal que apoiou os eventos paralelos do G20 com 18,5 milhões de reais. Serpro, Banco do Brasil, BNDES e Caixa também constam entre os apoiadores do festival.

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