O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com doze ministros, representantes da Polícia Federal e das Forças Armadas nesta terça-feira, 9, para discutir ações na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. O território foi alvo de invasores durante o governo de Jair Bolsonaro e de uma crise sanitária que teve repercussões internacionais no início de 2023.
O petista afirmou que o objetivo é fazer um balanço das medidas do governo na área até o momento e definir novas diretrizes. “A gente vai decidir tratar a questão dos ianomâmis como uma questão de Estado. Vamos ter que fazer um esforço ainda maior, utilizar todo o poder que a máquina pública pode ter porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal, para madeireiro ilegal, para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, declarou à imprensa.
“Essa reunião aqui é para decidir de uma vez por todas o que o nosso governo vai fazer para evitar que os indígenas continuem sendo vítimas de massacre, da garimpagem e das pessoas que querem invadir as áreas que estão preservadas e que têm dono”, acrescentou.
Participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Justiça, Flávio Dino, da Defesa, José Múcio, do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, da Saúde, Nísia Trindade, da Gestão, Esther Dweck, do Meio Ambiente, Marina Silva, dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Também estavam presentes a presidente da Funai, Joenia Wapichana, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, o diretor de Meio Ambiente e Amazônia da PF, Humberto Freire, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, o almirante de esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior, e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A reunião ocorreu após a Justiça Federal de Roraima determinar, em 21 de dezembro, que a União estabelecesse um novo plano de ações contra o garimpo ilegal no território ianomâmi. A decisão atendeu a um pedido do Ministério Público Federal, que afirma que os invasores retornaram para a região no segundo semestre de 2023, principalmente para áreas já desmatadas. Na mesma semana, a PF prendeu dois garimpeiros venezuelanos na área.