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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Delator do PCC revelou achaque de policiais a ‘dentista dos famosos’

Meses antes de ser assassinado no aeroporto de Guarulhos, Gritzbach afirmou que agentes ficaram com imóvel avaliado em 1,5 milhão, além de relógios de luxo

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 19 dez 2024, 22h29 - Publicado em 19 dez 2024, 18h26

Três meses e meio antes de ser assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos, o empresário Antonio Vinícius Gritzbach afirmou, em delação premiada ao Ministério Público de São Paulo, que foi extorquido por policiais a entregar a eles um sítio no valor de 1,5 milhão de reais, além de relógios de alto padrão. Segundo ele, os policiais Fabio Baena, Eduardo Monteiro, Rogério de Almeida Felício e uma quarta pessoa identificada apenas pelo nome de “Flavinho” atuaram de forma ilegal para se apropriarem do imóvel, transferindo a propriedade para um laranja. Os três primeiros foram presos na terça-feira, 17, acusados de ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Gritzbach relatou vinha sendo achacado por policiais desde sua prisão, em fevereiro de 2022, por suspeitas no envolvimento no assassinato de dois integrantes do PCC. Na ocasião, também foram apreendidos 14 relógios de alto valor, joias, telefones celulares, computadores e alguns cheques, além de 20 mil reais em dinheiro.  Segundo ele, os policiais teriam ficado com os relógios, informando-lhe que parte deles havia sido roubada.

O delator afirma acreditar que os policiais descobriram a existência de um sítio em Biritiba Mirim, na Região Metropolitana de São Paulo, quando analisaram documentos apreendidos em sua casa, ou por meio de algum informante. Segundo ele, em sua casa havia uma escritura do imóvel em nome da Viotto Odontologia Ltda, de propriedade do dentista Roberto Viotto, conhecido como o “dentista dos famosos”.

Questionado pelos promotores por que o sítio que ele alegava ser seu estava em nome de outra pessoa, Gritzbach afirmou que tinha adquirido o imóvel há pouco e não havia tido tempo hábil para a lavrar a escritura, mas tinha em seu poder um contrato de compra e venda assinado.

Gritzbach relatou que os policiais ameaçaram o vendedor do sítio, Roberto Viotto, a não transferir a propriedade do imóvel para ele, sob ameaça de incluí-lo no inquérito que investigava o crime de lavagem de dinheiro do PCC. Ainda segundo o delator, após a ameaça a propriedade do imóvel foi transferida para o nome de uma pessoa indicada pelos policiais.

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Em nota, a defesa de Roberto Viotto afirmou que ele é terceiro de boa-fé, que nunca praticou crime e que seu nome foi utilizado indevidamente. O texto, assinado pelo escritório Eduardo Maurício Advocacia, diz que o sítio foi colocado na imobiliária de Gritzbach “para futura comercialização para venda do sítio, que nunca ocorreu pelo referido corretor, tudo isso em data muito anterior a sua prisão e conhecimento público dos crimes que o corretor de imóveis estaria envolvido (todos crimes sem nenhuma conexão e com total desconhecimento por parte de Roberto Viotto).” Na nota, Viotto se coloca à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento.

Gritzbach foi assassinado a tiros de fuzil quando desembarcava no aeroporto de Guarulhos. Além de policiais, o empresário vinha delatando esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

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