O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, rebateu as críticas que o governo Luiz Inácio Lula da Silva tem recebido por causa da visita de Luciane Barbosa de Farias — conhecida como “dama do tráfico” — à Esplanada dos Ministérios e chamou a ofensiva de “ataques” da “extrema direita”.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Luciane, que é casada com o traficante Tio Patinhas, líder do Comando Vermelho em Manaus, teve duas reuniões com auxiliares do Ministério da Justiça e Segurança Pública de Flávio Dino, além de assessores da pasta dos Direitos Humanos.
Após a eclosão do episódio, ainda foi divulgado que o ministério de Silvio Almeida custeou as passagens aéreas para que Luciane participasse do evento. Em nota, a pasta afirmou que os bilhetes foram pagos a todos os participantes do encontro — e que a indicação do nome de Luciane foi feita pelo Comitê Estadual de Prevenção e Combate à Tortura do Amazonas.
Em publicação nesta quarta-feira, 15, Almeida prestou solidariedade a Dino e disse que a exploração do acontecido é uma tentativa de se “fabricar escândalos”. O titular da pasta ainda reforçou que Luciane participou do evento ao ser indicada como representante da sociedade civil pelo Comitê Estadual do Amazonas. “Nem o ministro, nem a secretária, nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiu na organização do evento, que contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo”, afirmou.
Ele ainda declarou que são os comitês estaduais — que integram o sistema nacional de prevenção e combate à tortura — que indicaram seus representantes ao evento, sem interferência dos ministérios e pastas.
Veja abaixo o post com a nota completa de Silvio Almeida.
https://twitter.com/silviolual/status/1724851393280770186
Impeachment
Deputados de oposição ao governo estão buscando assinaturas para apresentar pedido de impeachment contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A medida ocorre após a notícia da participação de Luciane Barbosa de Farias em duas reuniões na sede da pasta.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Luciane se reuniu com Rafael Velasco, secretário nacional de políticas penais, Paula Cristina da Silva Godoy, ouvidora nacional de serviços penais, e Sandro Abel de Sousa Barradas, diretor de inteligência penitenciária. Ela entrou no Ministério da Justiça como presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), que supostamente defende os direitos dos detentos — de acordo com o Estadão, porém, a ONG é financiada pela facção criminosa.