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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Bons de audiência, âncoras de TV têm desempenhos opostos na caça ao voto

Tramonte, ex-apresentador do ‘Balanço Geral’, lidera em Belo Horizonte, mas Datena, que comandou ‘Cidade Alerta’ e ‘Brasil Urgente’, naufraga em São Paulo

Por Valmar Hupsel Filho Atualizado em 9 set 2024, 11h43 - Publicado em 9 set 2024, 10h21
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  • As campanhas deste ano às prefeituras de São Paulo e Belo Horizonte, dois dos maiores colégios eleitorais do país, colocam à prova a viabilidade eleitoral de candidatos que se tornaram conhecidos do eleitorado pelo histórico como apresentadores de TV. José Luiz Datena (PSDB) e Mauro Tramonte (Republicanos) ganharam fama à frente de programas populares antes de entrar para a política e estavam no ar até lançarem candidaturas, mas hoje vivem situações opostas. Enquanto o primeiro tem dificuldade para figurar entre os líderes da disputa, o segundo se sustenta isolado na primeira posição.

    Com mais de 40 anos de carreira como radialista e apresentador de programas como Cidade Alerta e Brasil Urgente, Datena vem tangenciando a política há mais de três décadas. Desde 1992 é filiado a um partido político. Nesse período, já passou por onze legendas, do PT de Lula ao PSL, antiga sigla de Jair Bolsonaro. Por quatro vezes ensaiou sair candidato, mas desistiu na última hora. Hoje no PSDB, tenta a prefeitura de São Paulo tendo como candidato a vice José Aníbal, quadro histórico da sigla que governou o estado por quase 30 anos.

    Embora tenha alto grau de conhecimento entre os eleitores, Datena tem tido dificuldade de aumentar suas intenções de votos. A pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 5, por exemplo, coloca o apresentador na quinta colocação na corrida pela prefeitura de São Paulo. Após perder 7 pontos percentuais em duas semanas, hoje ele tem 7%, o que lhe dá poucas chances de seguir para o segundo turno. Datena está atrás de Tabata Amaral (PSB), que tem 9%, e da lista tríplice que lidera a disputa: Guilherme Boulos (PSOL), com 23%, e Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB), com 22%.

    Bom de audiência

    Tramonte, por outro lado, já tem carreira política. Elegeu-se deputado estadual em 2018, após dezoito anos como apresentador. Está no segundo mandato, mas não deixou a TV. Até junho deste ano, dividia seu tempo entre as sessões na Assembleia Legislativa de Minas e a apresentação do programa Balanço Geral, e é alvo de críticas por isso. Seus adversários afirmam que ele só se dedicava ao mandato como deputado depois de sair do ar na TV.

    A campanha do candidato do Republicanos, por enquanto, tem trajetória inversa à de Datena. Logo que lançou a candidatura à prefeitura de Belo Horizonte, seu nome já assumiu a primeira posição. Segundo pesquisa Datafolha divulgada na quinta-feira, 5, Tramonte tem 29% e é seguido por quatro candidatos empatados tecnicamente, com percentuais que vão de 8% a 14%. Em um eventual segundo turno, o apresentador venceria com folga todos os concorrentes, segundo o levantamento.

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    O desafio de Datena e Tramonte, durante a campanha, é fazer com que a fama alcançada na TV sustente seus objetivos eleitorais. Isso porque nenhum dos dois tem tempo no horário eleitoral de rádio e TV suficiente para apresentar suas propostas. Enquanto o primeiro aposta em vídeos publicados na internet, o segundo foca a campanha de rua. “A imagem ajuda, mas as pessoas não querem saber só do apresentador de TV, por isso estamos gastando sola de sapato pela cidade”, disse Tramonte à VEJA — leia reportagem da edição impressa sobre a ascensão de Tramonte.

    Para o cientista político Carlos Ranulfo, professor da Universidade Federal de Minas Gerais, embora tenham perfis semelhantes, Datena e Tramonte encontraram cenários diferentes quando lançaram suas respectivas candidaturas. “Datena foi bloqueado por candidaturas fortes, enquanto Tramonte encontrou um cenário de vácuo de lideranças políticas fortes em Minas”, disse.

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