Nesta sexta-feira, 5, agentes da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Polícia Militar continuaram as buscas por um helicóptero que desapareceu no último domingo, 31, no litoral paulista. Até o momento, não há qualquer indício da aeronave ou dos corpos dos quatro tripulantes.
De acordo com a FAB, o helicóptero decolou do aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h15 do dia 31 de dezembro, com destino ao município de Ilhabela, no Litoral Norte de São Paulo. O último contato da aeronave foi recebido às 15h10 do mesmo dia, enquanto sobrevoava a Serra do Mar na região de Caraguatatuba.
A bordo da aeronave estavam Luciana Rodzewics, de 45 anos, sua filha Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos, e o empresário Rafael Torres, amigo da família que teria feito o convite para a viagem. O piloto é Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos.
Clima dificulta buscas
Até o momento, a FAB já realizou cerca de 40 horas de voos sobre uma área que totaliza 5.000 quilômetros quadrados, mas nenhum indício do helicóptero na Serra do Mar ou no oceano foram encontrados. Segundo a Polícia Militar, o clima nublado prejudica a visibilidade dos agentes e a cor cinza da aeronave dificulta que seja avistada em meio à vegetação local.
Na última quarta-feira, 3, um corpo inicialmente suspeito de ser de um dos ocupantes do helicóptero foi encontrado perto de uma represa em Natividade da Serra, município próximo ao Litoral Norte. Após investigações, as autoridades descartaram relação com o desaparecimento.
Piloto não tinha autorização para levar passageiros
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou que Cassiano Tete Teodoro teve a licença para voo cassada em 15 de setembro de 2021 em razão de “condutas infracionais graves à segurança”, incluindo transporte aéreo clandestino, fraudes em planos de voo e evasão de fiscalização. Após o prazo de dois anos, em outubro de 2023, ele recebeu de volta a habilitação, mas ainda não estava autorizado a transportar passageiros em voos comerciais.
A defesa de Teodoro disse que não iria comentar o caso até que todos os fatos fossem esclarecidos. Além disso, a advogada Érica Zandoná criticou a punição aplicada ao piloto pela fuga da fiscalização durante uma decolagem em setembro de 2019, no Campo de Marte – segundo a defesa, o aviador chegou a ver pessoas acenando para ele na pista, mas não havia “identificação visível” de que seriam agentes da Anac.
(Com informações da Agência Brasil)