Guarulhos é a segunda maior cidade paulista, com 1,3 milhão de habitantes, e vem sendo tratada como prioritária para o PT no estado depois que o partido sofreu uma derrota vexaminosa com Jilmar Tatto em São Paulo. Mas o município da Grande São Paulo, por enquanto, não projeta um bom desfecho para os petistas nas urnas.
Segundo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas entre os dias 19 e 22 de novembro e divulgada nesta segunda-feira, 23, o ex-prefeito Elói Pietá (PT) está quase 20 pontos atrás do adversário, o atual prefeito Gustavo Henrique Costa (PSD), conhecido como Guti: o petista tem 40,4% dos votos válidos contra 59,6% do rival.
Considerando os votos totais, Pietá tem 33% contra 48,6% de Guti. Outros 11,8% dos entrevistados disseram que anularão o voto, votarão em branco ou em nenhum, enquanto 6,6% afirmaram que não sabem ou não responderam.
Outro problema para o petista é a sua rejeição: 47% afirmaram que não votariam em Pietá de jeito nenhum, enquanto 35,3% disseram o mesmo em relação a Guti. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa ouviu 800 eleitores e foi registrada na Justiça Eleitoral sob o nº SP-06745/2020.
O PT já comandou a cidade por dezesseis anos, entre 2001 e 2016, com dois mandatos do próprio Pietá e outros dois de Sebastião Almeida. Pietá é uma das duas apostas que restaram ao petismo na tentativa de retomar o controle de cidades da Grande São Paulo, que no início dos anos 2000 chegou a ser chamada de “Cinturão Vermelho” em alusão ao grande número de petistas no comando dessas prefeituras.
O partido adotou a estratégia de apostar em nomes de ex-prefeitos para obter sucesso nas urnas, mas, além de Pietá, só José de Filippi, em Diadema, continua na disputa. Entre os ex-prefeitos petistas que naufragaram na missão estão Emídio de Souza (Osasco), Luiz Marinho (São Bernardo do Campo) e Sérgio Ribeiro Silva (Carapicuíba), que não passaram do primeiro turno.