Parlamentares bolsonaristas fizeram críticas ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) por um vídeo em que aparece sentado próximo dos líderes do grupo terrorista Hamas, Ismael Haniyeh, da Jihad Islâmica, Ziyad Al-Nakhalah, do vice-líder do Hezbollah, Naim Assem, e do porta-voz do Houthis (do Iêmen), Abdul Salam. A imagem foi gravada durante a cerimônia de posse do presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, na terça-feira, 30.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) publicou um vídeo do evento nas redes sociais com a frase “Quem é a pessoa menos confiável do Brasil?”. O parlamentar também chamou Alckmin de “o maior vira-casaca” do país. “Um dia é amarelo, no outro vermelho desde criancinha. Um dia está de quipá na porta da sinagoga e no outro está ao lado dos terroristas mais procurados da atualidade”, escreveu.
“O governo do ‘amor’ e seus amigos do terrorismo internacional. Diálogos cabulosos pelo ‘bem’ dos brasileiros. Este desgoverno compactua e come no mesmo prato dos genocidas que querem Israel fora do mapa e seu povo chacinado”, disse o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
Além de se fazer presente no mesmo evento onde estava o líder do grupo terrorista palestino Hamas, Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, se sentou ao lado de Abdul Salam, porta-voz do grupo terrorista Houthis, do Iêmen, responsável por mais de 60 ataques contra navios civis… pic.twitter.com/3b6H4SfMtw
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) July 31, 2024
Outros deputados da direita, como Giovani Cherini (PL-RS), Junio Amaral (PL-MG), o vereador Rubinho Nunes (União-SP), além de influenciadores e blogueiros bolsonaristas, também comentaram o episódio. “Se ainda temos pessoas que desconhecem a falta de caráter e de vergonha na cara pelos malfeitos desses esquerdistas, só temos a lamentar”, escreveu o deputado General Girão Monteiro (PL-RN). “O Brasil virou um forte aliado de ditadores e terroristas. Que vergonha”, entoou Amanda Vettorazzo, coordenadora do Movimento Brasil Livre (MBL).
Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na posse de Pezeshkian. Horas após o evento, Haniyeh, líder do Hamas, foi morto em Teerã, segundo comunicado do próprio grupo. De acordo com a TV estatal iraniana, ele estava em uma residência de veteranos de guerra no norte da capital do país.