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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A tímida reação de Elon Musk a ato de Bolsonaro em Copacabana

Apesar de homenagens, dono do X evitou comentar manifestação e voltou a dizer que Moraes é 'contra a democracia'

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h09 - Publicado em 21 abr 2024, 16h53

Um dos principais “assuntos” do ato de Jair Bolsonaro na Praia de Copacabana, o bilionário Elon Musk evitou fazer manifestações contundentes de apoio ao evento neste domingo, 21.

O dono do “X” (antigo Twitter) limitou-se a comentar publicações de outras pessoas sobre o ato. “Onde está a multidão aplaudindo o tirano ‘Alexandre de Voldemort’ e a censura no Brasil? Não há”, publicou um usuário em alusão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O post compartilhava uma foto do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) segurando uma faixa de “agradecimento” a Musk.

“Porque ele é contra a vontade do povo e, portanto, contra a democracia”, respondeu o bilionário em sua conta na rede social.

Mais cedo, Elon Musk também compartilhou uma publicação que defendia o “cumprimento da lei” no Brasil. “Pra deixar claro: o X só está tentando seguir as leis do Brasil sem favorecer ou desfavorecer nenhum candidato político”, dizia o post.

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Aplausos e homenagem

Apesar do posicionamento contido via redes sociais, Elon Musk foi homenageado como uma das maiores figuras de prestígio no ato deste domingo, 21. O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) fez questão de traduzir parte de seu discurso para o inglês — disse que Musk estaria “olhando” e defendeu a “liberdade e a democracia”. Pelas redes, aliados de Bolsonaro também fizeram incessantes postagens marcando o bilionário e pedindo atenção ao ato que levou milhares de pessoas à Praia de Copacabana.

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O próprio ex-presidente pediu uma salva de palmas ao magnata. “Quando eu estive com Elon Musk, em 2022, começaram a me chamar de mito. Eu falei: não. Aqui, em 2022, aqui sim temos um mito da liberdade: Elon Musk”, disse à multidão.

As falas mais duras ficaram a cargo de Silas Malafaia, um dos organizadores do evento. Em seu discurso inflamado, o pastor subiu o tom, chamou Alexandre de Moraes de “ditador” e disse que Moraes representa “risco a democracia”.

Musk x Moraes

No início de abril, Musk começou a disparar contra o STF acusações de censura e de conspiração para a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após o arroubo, o empresário foi incluído no chamado inquérito das milícias digitais, relatado por Alexandre de Moraes, que acusou o sul-africano de ter iniciado uma campanha de desinformação sobre a atuação do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), instigando a “desobediência e obstrução à Justiça, inclusive, em relação a organizações criminosas”.

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Já na última quinta-feira, 17, a ala republicana da Comissão de Justiça do Congresso dos Estados Unidos publicou um relatório com mais de noventa ordens judiciais sigilosas enviadas à rede social para derrubar perfis na plataforma. Com 540 páginas, a publicação reúne ainda manifestações de deputados que classificam Moraes como “ditador”, mencionam a investigação determinada pelo ministro contra Elon Musk, e elogiam a postura do bilionário por “se recusar a acatar os pedidos de censura do STF, notavelmente vindos de Moraes”.

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