O senador Davi Alcolumbre (União-AP) se reuniu nesta quinta-feira, 23, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para pedir que o governo atue contra o reajuste de quase 45% na tarifa de energia elétrica no Amapá.
A revisão dos valores cobrados pela concessionária Equatorial Amapá foi proposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em setembro. De acordo com a reguladora, o reajuste se faz necessário devido à alta dos encargos setoriais e pelo empréstimo da conta escassez hídrica tomado pela concessionária, que serviu para pagar dívidas em aberto de anos anteriores. Segundo a Aneel, a baixa densidade demográfica do estado, que tem apenas 877.000 habitantes espalhados por dezesseis municípios também foi um entrave, elevando os custos de distribuição.
Na última quarta-feira, 22, o juiz federal Jucélio Fleury Neto já havia expedido liminar impedindo o aumento da tarifa no Amapá, que estava previsto para entrar em vigor em 13 de dezembro. A decisão atende a uma ação popular de autoria do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e quatro deputados federais.
“Recebemos do presidente o apoio integral contra a possibilidade de reajuste de quase 45% na conta de luz dos amapaenses”, publicou Alcolumbre em suas redes. Também participaram do encontro os ministros Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) e o governador do estado, Clécio Luís (Solidariedade).
Segundo Alcolumbre, Lula se comprometeu a marcar outra reunião, já nesta sexta-feira, 24, para discutir soluções voltadas a barrar o aumento na conta de luz. Deverá estar presente, além de Silveira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
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Aliado
A boa relação de Lula com Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, é importante sobretudo no momento em que a Casa se prepara para votar matérias importantes para o governo.
Na próxima semana, o Senado deverá fazer um esforço concentrado para sabatinar autoridades e votar as indicações tanto nas comissões quanto no plenário. Na última quarta-feira, foram lidos na CCJ os relatórios de dez indicações: oito para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e duas para Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).