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A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A nova encrenca do hacker responsável pela Vaza-Jato

Walter Delgatti Neto vive em Araraquara e é obrigado a usar tornozeleira eletrônica por causa de seu envolvimento na invasão de celulares de autoridades

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 jul 2022, 09h46 - Publicado em 22 jul 2022, 09h44

O hacker Walter Delgatti Neto, 32 anos, que invadiu o celular de agentes públicos e autoridades da Operação Lava-Jato, como o ex-juiz Sergio Moro, no caso que ficou conhecido como Vaza-Jato, envolveu-se em novo rolo na Justiça (ele já é obrigado a usar tornozeleira eletrônica por causa de seu envolvimento na Vaza-Jato). O problema mais recente envolve um caso amoroso que teve  início em 2018. Na época, o Vermelho, como ele é mais conhecido, travou contato na internet com uma mulher da cidade paulista de São Simão, a pouco menos de 100 quilômetros de sua cidade natal, Araraquara. O hacker se apresentou a ela com o nome falso de Walter Gransan. Após as primeiras conversas nas redes sociais, ele foi ao encontro garota e, a partir daí, iniciaram um romance que durou quatro meses. Em maio do mesmo ano, a jovem engravidou e o Vermelho “amarelou” das suas responsabilidades, sumindo do mapa.

A mulher, que não terá o nome revelado por VEJA para resguardar sua intimidade, só foi descobrir o paradeiro do homem (e seu nome verdadeiro) quando viu pela TV sua prisão, no âmbito da Operação Spoofing. A partir daí, com um bebê de cinco meses no colo, ela contratou um advogado e conseguiu que um teste de DNA fosse feito. O resultado deu positivo e o nome de Delgatti passou a constar na certidão de nascimento da criança em dezembro do ano passado.

Após o desfecho do processo de paternidade, o Ministério Público (MP) entrou com um processo contra o hacker, alegando que o fato de ele ter mentido e desaparecido acarretou diversos transtornos à mulher e à criança. “A falsa identidade que Walter se atribuiu no período de contato com a vítima permitiu-lhe obter a vantagem de não ser demandado com cobrança de alimentos gravídicos, bem como impediu que a criança tivesse a paternidade reconhecida logo em seu nascimento. Não fosse a prisão do denunciado e a divulgação de sua imagem na mídia, a investigação da paternidade restaria prejudicada em razão das falsidades e omissões dolosas de informações por parte de Walter”, afirma, no processo, o promotor William Daniel Inácio, do MP de São Simão.

 

 

 

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