Recentemente afastado da liderança da oposição no Senado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) terá em breve outro cargo de prestígio para chamar de seu.
Destacado pela cúpula do partido pelo “talento” e “habilidade”, o presidente do PL do Rio Grande do Norte deverá ser oficializado pelo cacique Valdemar Costa Neto como o novo secretário-geral do partido no próximo dia 15, em uma reunião da sigla em Brasília. Segundo registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o posto é ocupado hoje por Mariucia Tozatti, também lotada como assessora especial no gabinete do deputado estadual Marcos Damásio (PL), de São Paulo.
A ideia é que, no encontro deste mês, sejam acertados detalhes sobre a definição de algumas das chapas para as eleições municipais deste ano — a principal função de Marinho no novo cargo. O encontro acontece antes das convenções partidárias previstas para o início de agosto — período em que as legendas deliberam sobre coligações e escolhas de candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Uma das metas do PL é a de alavancar consideravelmente o número de eleitos neste ano, e ampliar as bancadas no Congresso na eleição de 2026.
Marinho formalizou o pedido de afastamento do posto de líder da oposição no Senado em meados de junho para focar justamente nas articulações para o pleito deste ano. Até fevereiro, quem ocupava a função de costurar esses acordos era o general Walter Braga Netto, à época secretário nacional de Relações Institucionais do PL. Com o avanço do inquérito conduzido pelo ministro do STF Alexandre de Moraes sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 — que teve como uma das medidas a proibição de qualquer tipo de contato entre Valdemar, Bolsonaro e Braga Netto –, os planos para o general naufragaram. Ele foi afastado do cargo após a Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, e a chance de sua recontratação pela legenda é tida como nula.
Agora, o plano para Marinho é que, estando na Executiva Nacional como secretário-geral, os trabalhos e responsabilidades passem a ir “muito além” da retomada da articulação com fins eleitorais — primeiro teste de fogo a ser submetido no novo posto.
Licença
Ex-ministro do Desenvolvimento Regional de Jair Bolsonaro, Rogério Marinho pediu licença da liderança da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva no Senado de duração de 120 dias, com previsão de retorno em outubro — após o fim das eleições. Até lá, quem assume a bancada da oposição é o senador Marcos Rogério (PL-RO). Durante o período, a cadeira do mandato será ocupada pelo suplente Flávio Azevedo (PL-RN).