A visita do presidente Jair Bolsonaro ao presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada, quando a comunidade internacional se esforçava para impedir uma guerra entre Rússia e Ucrânia, já poderia ser considerada um desastre diplomático pela inconveniência.
“O momento em que o presidente do Brasil se solidarizou com a Rússia, enquanto as forças russas estão se preparando para potencialmente lançar ataques a cidades ucranianas, não poderia ser pior”, disse oficialmente o Departamento de Estado dos EUA.
Mas Bolsonaro conseguiu piorar ao proferir uma frase momentos antes do encontro com Putin, que já entrou para a história — pelo motivo errado. “Somos solidários à Rússia”, afirmou o presidente em vídeo gravado já no Kremlin, sem medir a impropriedade de manifestar solidariedade aos russos naquele momento. “Há muito a colaborar em várias áreas: defesa, petróleo e gás, agricultura”, completou.
Nesta quinta-feira, 24, o repúdio internacional a Putin é uma unanimidade – não há registro de nenhuma solidariedade pública ao governante russo. Bolsonaro, por enquanto, está calado sobre o assunto.