Levantamento da Quaest divulgado nesta sexta-feira, 26, mostrou que a disputa por Belford Roxo, uma das cidades mais importantes da Baixada Fluminense, deve ser mais acirrada do que parecia. No levantamento estimulado, quando a lista de candidatos é apresentada ao entrevistado, o deputado bolsonarista Matheus Canella lidera om 48% (eram 51%) contra 26% de Matheus do Waguinho (eram 25%), do Republicanos. Assis Freitas (PSB) tem 2% e Gustavo Ferreira (Novo) não pontuou. Os indecisos correspondem a 16%, enquanto 8% declaram voto nulo ou branco. A Quaest entrevistou 600 eleitores Belford Roxo entre os dias 21 e 24 de julho.
Apesar da distância em relação ao favorito, aliados de Matheus do Waguinho, político apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemoraram o número da pesquisa espontânea, em que a lista de candidatos não é previamente apresentada aos entrevistados: ele obteve 14% das intenções de voto, ante 8% na sondagem anterior. Nesse mesmo cenário, Matheus Canella (União Brasil) também é líder, mas oscilou de 19% para 15%. As variações estão dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais para mais ou para menos. O percentual de indecisos é alto, de 66%. Os votos brancos/nulos são 4% e 1% responderam que votariam em “outros”.
A pesquisa também aponta que o apoio de Lula diminui pela metade a vantagem de Canella sobre Waguinho em um eventual segundo turno. Quando a chancela do presidente é apresentada ao eleitor, o candidato do Republicanos sobe de 31% para 38% das intenções de voto. Com o apoio de Jair Bolsonaro, Canella passa de 51% para 47%.
A eleição em Belford Roxo é considerada estratégica pelo PT para romper a hegemonia do bolsonarismo na Baixada Fluminense. Matheus é sobrinho de Waguinho, atual prefeito da cidade. Em 2016, quando foi eleito para comandar o município pela primeira vez, ele tinha Márcio Canella como vice. A esposa do prefeito Waguinho, deputada Daniela Carneiro, foi ministra do Turismo de Lula, mas deixou o cargo alguns meses após a posse em julho de 2023. Ela foi substituída pelo também deputado Celso Sabino (União-PA).