O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, está em busca de nomes da iniciativa privada para alguns postos na pasta. Acontece que, em uma conversa com alguns prefeitos na última segunda-feira, 29, ele próprio falou da dificuldade que é trazer nomes altamente qualificados de fora do serviço público. Os salários, embora sejam altos para o padrão geral da população, não são lá muito vantajosos para quem pertence à nata da área na iniciativa privada.
Entre os postos para os quais Queiroga busca um nome está o comando da secretaria estratégica de combate à Covid-19 que o ministro avisou aos prefeitos que iria criar. Queiroga avalia que, com a pandemia, o cuidado com outras doenças foi mitigado e, por isso, a ideia de criar uma secretaria apenas para lidar com o caos provocado pelo novo coronavírus e continuar dando a atenção devida às demais doenças.
A reunião contou com a presença do prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), que comandará o maior consórcio do Brasil para a compra de vacinas; com Bruno Cunha Lima (PSD), prefeito de Campina Grande, que tem certa proximidade com o ministro por ambos serem da Paraíba; com o atual presidente da Frente Nacional dos Prefeitos, Jonas Donizette (PSB); e com o futuro presidente da FNP, Edvaldo Nogueira (PDT), prefeito de Aracaju.
À VEJA, Donizette avaliou o troca-troca no Ministério da Defesa e no comando das Forças Armadas em pleno ápice da pandemia. “O que tem a ver mexer nas Forças Armadas agora? Soa como distração”, afirmou.
Donizette disse ainda que, quanto mais passa o tempo, mais difícil é nomes tarimbados toparem participar da gestão do presidente Jair Bolsonaro: “Não vejo como uma pessoa com reputação aceitar entrar no governo Bolsonaro. Poderia ter sido montado um time bom, mas o tempo agora para isso é mais escasso, se é que já não acabou”.
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