Aliados de Ricardo Nunes (MDB) já calculam qual será a próxima carta na manga que deverá alavancar a campanha do atual prefeito à reeleição em São Paulo.
A edição de VEJA desta semana mostra como o crescimento do adversário Pablo Marçal (PRTB) nas últimas pesquisas acendeu o sinal amarelo no entorno de Nunes. No sábado, 24, o prefeito anunciou que fará uma visita ao Ceagesp com o ex-presidente Jair Bolsonaro — o local foi comandado pelo candidato a vice de Nunes, o ex-comandante da Rota Ricardo Mello Araújo (PL), durante o governo Bolsonaro. O encontro ainda não tem data definida.
A próxima sexta-feira, 30, no entanto, é considerada chave para a campanha de Nunes: é quando começa o horário eleitoral gratuito, com inserções publicitárias dos candidatos em televisão e rádio.
A aliança — que, além de MDB e PL, inclui Republicanos, PP, PSD e União Brasil, entre outros partidos — garantiu ao atual prefeito, de longe, o maior tempo de propaganda: serão 6 minutos e 30 segundos diários na TV. Guilherme Boulos (PSOL) terá 2 minutos e 22 segundos, José Luiz Datena (PSDB) terá 35 segundos, e Tabata Amaral (PSB), 30 segundos.
Os nanicos PRTB, de Marçal, e Novo, de Marina Helena, não terão direito à propaganda gratuita, uma vez que não atingiram um mínimo de votos na eleição de 2022, a chamada cláusula de barreira.
“O Marçal está tendo esse boom na internet, mas o que o povão mesmo assiste é televisão. A partir do dia 30, isso vai dar uma guinada positiva para o Nunes, porque ele gravou e está gravando as inserções com o Bolsonaro do lado. E isso vai fazer a diferença para o eleitorado de direita”, diz um cacique.
Horário eleitoral gratuito
A propaganda eleitoral gratuita na TV é de vinte minutos por dia, divididos em dois blocos, do dia 30 de agosto até 3 de outubro. Além disso, há inserções de trinta e sessenta segundos distribuídas diariamente durante a programação normal das emissoras. As mesmas regras valem para as emissoras de rádio, que também são obrigadas a veicular a propaganda eleitoral gratuita. Na internet, as emissoras e veículos de imprensa não têm obrigação de ceder esse espaço aos candidatos.