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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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A ascensão de Rueda em meio a guerra de caciques no União

Dividido entre alas que vieram do DEM e PSL, partido vive queda de braço para tirar da presidência Luciano Bivar, acusado de manipular cargos em diretórios

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 Maio 2024, 20h58 - Publicado em 24 set 2023, 18h25
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  • A edição de VEJA desta semana mostra como, a pouco mais de um ano para as eleições municipais de 2024, ao menos seis legendas com alguma relevância ou história estão mergulhadas em barulhentas brigas internas pelo seu comando que, não raro, extrapolaram os ambientes internos e foram parar na Justiça.

    No caso do União Brasil, a disputa é, além de poder, por dinheiro. A legenda recebeu no ano passado 1,3 bilhão de reais e, em 2024, só terá menos verba que o PL e o PT. A dúvida é saber quem irá gastá-la.

    Dividido desde a criação entre as alas que vieram do DEM e do PSL — sigla que abrigou Jair Bolsonaro –, o partido vive uma queda de braço para tirar da presidência Luciano Bivar, acusado de manipular cargos em diretórios estaduais.

    De um lado, os ex-democratas, liderados por ACM Neto, atual secretário-geral do União, pleiteiam mais espaço sob o entendimento de terem “cedido” a estrutura partidária de um partido da robustez do DEM a uma sigla novata como o PSL. Do outro, os herdeiros do ex-partido que cresceu com o bolsonarismo argumentam que é deles a maior parte dos deputados e que, logo, são eles quem garantem mais influência nas votações na Câmara.

    A divergência sobre eventuais apoios ao governo Luiz Inácio Lula da Silva — Neto prega um armistício em relação ao petista, sobretudo pela configuração de alianças na Bahia, enquanto Bivar defende oposição ao Planalto — também se soma à equação.

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    Agora, seguidores do ex-prefeito de Salvador se movimentam para tirar o atual presidente do comando da sigla — o mandato do cacique acaba após as eleições municipais, mas a ala tenta antecipar sua saída. Um outro nome-forte, no entanto, promete embaralhar o jogo.

    Primeiro-vice-presidente, Antonio Rueda, que é quem controla o dinheiro do partido — a tesoureira é sua irmã, Maria Emília de Rueda –, vem arregimentando apoio para também antecipar a saída de Bivar, o que o colocaria no comando da legenda interinamente. O habilidoso advogado, que chegou à cúpula de um dos principais partidos do país sem nunca ter exercido cargo político, é bem relacionado nas rodas do poder de Brasília e tem o apoio de ninguém menos do que o todo-poderoso presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

    Aliás, a definição sobre para onde vai a terceira maior bancada de deputados (59) interessa até a Lula, que não consegue ter o apoio integral do União mesmo já tendo entregue três ministérios à legenda. Com Rueda, a avaliação é a de que o barco ficará mais governista.

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