Aconteceu o impensável.
José Maria Marin passou a primeira noite numa cadeia americana.
E não é qualquer cadeia!
Ele já tinha sido preso em 2015. Mas foi em Zurique, na Suíça, onde, por 5 meses, dormiu em cela com TV privativa.
Outro mundo.
Agora, o padrão mudou. Muito.
Está no Globo Esporte.
Leia, porque vale a pena:
https://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/da-trump-tower-para-o-deposito-de-seres-humanos-conheca-a-prisao-de-marin.ghtml
Da Trump Tower, luxo só, com escala no Tribunal Federal do Brooklyn, Marin foi levado pra um presídio ali perto, onde dormem 1.700 condenados.
Pegar na vassoura e arrumar a própria cama estão entre suas obrigações. A prisão tem fama de violenta, segundo o New York Times.
Torço para que meu amigo Juca Kfouri, que durante anos, talvez décadas, falou sozinho contra a corrupção no futebol, esteja, ao menos agora, enganado quanto ao futuro das investigações no Brasil.
Ele lembra que, se a justiça anda nos Estados Unidos, por aqui prevalecem o silêncio e a inação: https://blogdojuca.uol.com.br/2017/12/marin-condenado-comemorar-o-que/
Temo, porém, que Juca esteja certo.
De novo.
Pior ainda se a moda pegar nas organizações criminosas que reinam nas várias esferas governamentais, e que mal começaram a ser desmascaradas, primeiro com o mensalão, depois com a Lava Jato.
As medidas anunciadas ontem por decreto pelo governo Temer sobre indulto de Natal aos corruptos são de arrepiar.