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Informação e análise
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O novo rosto paulista muda o rumo da política e da economia

Serão 45 milhões paulistas nos próximos dias, com idade média de 35,7 anos, e aumentando, o que induz a mudanças de prioridades na política e na economia

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 jul 2021, 09h00

Serão 45 milhões de habitantes nos próximos dias, anuncia a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Já passavam de 44,9 milhões no primeiro minuto de hoje.

O mapa demográfico do Estado de São Paulo mudou muito nos últimos vinte anos. E isso tem relevância porque, necessariamente, vai determinar novas prioridades na política, na economia, em saúde, educação, emprego, transportes e assistência social, entre outros setores, com impacto direto nas atividades privadas. Trata-se do maior colégio eleitoral e do motor econômico do país.

A população cresceu 20% nas últimas duas décadas, em mais 7,4 milhões. Envelheceu: a idade mediana dos paulistas era de 27,9 anos em 2001, agora é de 35,7 anos. Houve um aumento de quase oito anos e essa é uma tendência consolidada, informa o Seade.

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(Seade, julho 2021/VEJA)

Na capital vivem 26,6% dos paulistas. Dos 645 municípios, só 80 possuem mais de 100 mil habitantes. Concentram 75,9% da população. Outros 507 são habitados por menos de 50 mil pessoas e representam apenas 15,3% do total.

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No Estado, para cada 100 menores de 15 anos há 83 pessoas de 60 anos e mais.

Em 281 municípios o número de pessoas com 60 anos ou mais supera a quantidade de crianças e jovens, como em Álvares Florence e Santana da Ponte Pensa. Em outros 364 municípios, crianças e jovens são mais numerosos. É o caso de Bom Sucesso de Itararé, Itapevi e Bertioga.

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(Seade, julho 2021/VEJA)
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(Seade, julho 2021/VEJA)

O declínio no número de nascimentos é evidente. Na década de 1980 a fecundidade cresceu até à marca anual de 771 mil novos paulistas, em 1982. Desde então, está em declínio. Ano passado nasceram 550 mil.

A população em idade escolar (4 a 17 anos) é de 7,8 milhões, equivalente a 17,5% do total do Estado. Essa quantidade de jovens é menor do que existia na virada do milênio, quando somava 9,3 milhões e correspondia a 25,3% da população.

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(Seade, julho 2021/VEJA)

Em 2000, mais da metade dos municípios possuía um número de jovens em idade escolar acima de 26% dos habitantes. Proporcionalmente, nenhum registrava menos de 18%. Agora, a maioria (51%) apresentam concentrações entre 15% e 18%. E em nenhum município a quantidade de jovens (4 a 17 anos) supera 23% da população.

As mudanças no Estado de São Paulo sinalizam a necessidade de ampla revisão de políticas públicas. Esse  novo mapa demográfico paulista é apenas o recorte de uma tendência nacional: até 2047 a população brasileira para de crescer, prevê o IBGE.

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