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Lula e Bolsonaro têm influência limitada nas eleições de SP, RJ e MG

Eles não estão conseguindo arrastar seus candidatos nesses estados em ritmo compatível com a dinâmica das próprias campanhas

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 set 2022, 13h44 - Publicado em 27 set 2022, 06h00
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  • A grande batalha entre Lula e Jair Bolsonaro está acontecendo nos três maiores estados do Sudeste.

    A cinco dias da eleição, o ex-presidente aparece com média de 12 pontos de vantagem em Minas Gerais, informam pesquisas como a da Quaest divulgada ontem.

    A luta mineira tende a ser decisiva, porque disputam-se 16,2 milhões de votos. Desde a redemocratização, nenhum presidente foi eleito sem vencer em Minas.

    Lula e Bolsonaro, por enquanto, empatam em São Paulo, com 34,6 milhões de eleitores, e no Estado do Rio, onde vivem 12,4 milhões.

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    Esses três estados somam 63,2 milhões de votos, o equivalente a quatro de cada dez brasileiros aptos a votar no domingo. Concentram os maiores orçamentos da Federação e metade da produção nacional.

    São decisivos não apenas em eleição presidencial, mas também no condicionamento político de qualquer governo federal, pela capacidade de influência de seus governos.

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    Lula e Bolsonaro, porém, não estão conseguindo arrastar seus candidatos nesses três estados em ritmo compatível com a dinâmica das próprias campanhas.

    Em São Paulo, por exemplo, o candidato de Lula, Fernando Haddad (PT), está em declínio. Já o candidato de Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparenta estagnação.

    Tarcísio é um estreante que Bolsonaro lançou na política paulista. Haddad, ex-prefeito da capital, empenha seu futuro nesse embate. São Paulo é o principal centro do antipetismo. A eventual eleição ao governo estadual credenciaria qualquer um dos três candidatos mais destacados para a disputa presidencial seguinte, em 2026.

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    A novidade desta reta final da campanha paulista é o crescimento contínuo do governador Rodrigo Garcia (PSDB), indicado nas pesquisas como favorito para o segundo turno, dia 30 de outubro.

    Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) mantém dezessete pontos de vantagem sobre o adversário Alexandre Kalil (PSB), apoiado por Lula.

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    Zema se elegeu em 2018 na poeira do bolsonarismo. Tenta a reeleição ainda no primeiro turno mantendo-se equidistante do presidente, recordista em rejeição (56%).

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    (./VEJA)

    As pesquisas indicam que ele conta com apoio de sete em cada dez eleitores de Bolsonaro. Já o adversário Kalil, ex-prefeito de Belo Horizonte, ainda não conseguiu atrair mais da metade do eleitorado que declara voto em Lula.

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    No Rio, o governador Claudio Castro (PL) não esconde Bolsonaro na campanha, mas evita se mostrar publicamente hostil a Lula, que patrocina o adversário Marcelo Freixo (PSB), deputado federal.

    Dois meses atrás, Castro e Freixo estavam virtualmente empatados. Desde então, o governador conquistou vantagem média de 12 pontos e consolidou favoritismo num eventual segundo turno.

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    Os resultados das pesquisas sugerem que nos três maiores estados do Sudeste aspectos da dinâmica política local prevalecem sobre tentativas de “nacionalização” da campanha. Lula e Bolsonaro têm influência limitada nas eleições de São Paulo, Rio e Minas.

    É muito provável, no entanto, que, se houver uma segunda rodada entre Lula e Bolsonaro, a disputa presidencial deverá extravasar naqueles estados onde a escolha do governador estiver adiada para 30 de outubro.

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