Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

José Casado

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Informação e análise
Continua após publicidade

Lula dá mais dinheiro ao Congresso do que Bolsonaro

Paradoxalmente, esse acordo de Lula com a Câmara e o Senado ainda não se reflete em garantia de maioria governista nos plenários

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 mar 2023, 09h45 - Publicado em 14 mar 2023, 09h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Lula aumentou a fatia do orçamento público sob controle direto dos deputados e senadores neste ano.

    Significa que o governo topou reservar 46 bilhões reais do seu caixa exclusivamente para financiar projetos de pequenas obras e serviços indicados por parlamentares federais, via emendas ao orçamento.

    É volume recorde de dinheiro que um presidente entrega ao Congresso no primeiro ano de mandato.

    É 172% mais que o total de verbas (17 bilhões) para pagamento de emendas parlamentares destinadas por Jair Bolsonaro nos primeiros 12 meses de governo.

    Supera em 5,2% o recorde de Bolsonaro: em 2020, ano da pandemia e de eleições municipais, o custo das emendas parlamentares chegou a 44 bilhões de reais.

    Continua após a publicidade

    Paradoxalmente, esse acordo de Lula com a Câmara e o Senado para um volume recorde de gastos sob controle direto dos parlamentares ainda não se reflete em garantia de maioria governista nos plenários.

    O acordo reflete, na prática, uma reafirmação da autonomia do Congresso sobre um pedaço do orçamento, agora maior.

    Bolsonaro aceitou fazer em segredo — o mecanismo conhecido como orçamento secreto acabou anulado pelo Supremo Tribunal Federal.

    Lula, na campanha do ano passado, rotulou o orçamento secreto como “bandidagem”. Agora, incorporou a versão legalizada desse instrumento. E foi além, aumentando o tamanho do bolo de verbas orçamentárias entregue aos parlamentares neste exercício fiscal, que antecede a temporada eleitoral de 2024. Eleições municipais são cruciais para deputados e senadores com planos de reeleição no biênio seguinte.

    Continua após a publicidade

    Ainda assim, o governo continua amargando uma escassez de apoio na Câmara. Por enquanto, a bancada de aliados é insuficiente para aprovar um projeto de lei ordinária — é necessária maioria absoluta, de 257 votos, em turno único de votação.

    Lula tenta mais que duplicar o lastro de votos governistas no plenário da Câmara. Necessita de, pelo menos, 308 deputados fiéis para aprovar emendas à Constituição, em dois turnos de votação.

    Cada projeto tende a custar-lhe mais que na rodada anterior de negociação nesse jogo de poder com o Congresso.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.