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José Casado

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Informação e análise

Governadores da oposição culpam Lula e evitam criticar Bolsonaro

Lula envia carta a Trump convidando-o para reunião sobre clima em Belém. Não espera resposta, mas aguarda novas sanções dos EUA contra o o país

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 ago 2025, 08h00

Aconteceu em março de 2009. Lula foi a Washington conhecer Barack Obama. Na volta, fez uma escala em Nova York onde reuniu jornalistas. Brasil e Estados Unidos estavam num conflito comercial dos biocombustíveis.

Obama recebeu Lula na Casa Branca com bom humor e cortesia, mas não aceitou aumentar a importação de etanol brasileiro. Repórteres insistiram em detalhes sobre como seria a reação brasileira à negativa do presidente americano. Lula rebuscou o baú mental de metáforas: “Olha, se todos nós desistíssemos no primeiro ‘não’, ninguém se casava.”

Com Donald Trump, Lula parece ter desistido. Semana passada disse que não tinha motivo para falar com o presidente dos Estados Unidos “porque nas cartas que ele mandou com as decisões, ele não fala em nenhum momento em negociação, o que ele faz são novas ameaças”.

Ainda assim, anunciou em discurso: “Eu vou pessoalmente tentar telefonar para o Trump, espero que ele me receba, para convidá-lo para participar da COP (a conferência da ONU sobre clima em Belém).”

Acrescentou, desafiante: “Ele não pode ficar fora. O país mais industrializado, que há muito tempo polui o planeta Terra, não pode ficar fora. Ele tem que vir, até para justificar as atitudes dele…”

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Nesta quarta-feira (13/8), contou ter trocado o telefonema por carta: “Ontem eu mandei uma carta para ele, convidando ele para vir à COP-30. Porque a COP-30 vai ser a COP da verdade.”

Lula não espera receber uma resposta de Trump, mas aguarda novas sanções contra o Brasil. Elas têm sido anunciadas por um dos filhos parlamentares de Jair Bolsonaro como “recados inequívocos” do governo americano.

O deputado federal Eduardo (PL-SP) migrou para os Estados Unidos e, desde março, desempenha o inusitado papel de um agente público promotor de ameaças de governo estrangeiro à segurança política e econômica do próprio país. Ele é o principal ativista do clã Bolsonaro na defesa do tarifaço que começa inviabilizar negócios e empregos em várias regiões.

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É paradoxal, mas as ações estrangeiras hostis ao Brasil, defendidas pelos Bolsonaro, atingem, sobretudo, Estados governados pela oposição.

Os governadores de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por exemplo, adotaram uma forma curiosa de lidar com essa situação: evitam responsabilizar os Bolsonaro e culpam Lula pela hostilidade de Trump.

“Somos penalizados porque Lula resolveu brigar com Trump”, comentou o governador goiano Ronaldo Caiado (União Brasil), em reunião com executivos financeiros nesta quarta-feira, em São Paulo. Não é bem assim, Caiado sabe.

Aos 76 anos, no entanto, ele sonha disputar a Presidência da República de novo. A última vez aconteceu há 36 anos, na primeira eleição presidencial pelo voto direto depois da ditadura. Caiado era um sindicalista rural e disputou com Lula sindicalista metalúrgico, entre outros — ganhou Fernando Collor deposto por impeachment dois anos depois e, atualmente, preso e condenado por corrupção. Naquele 1989, Jair Bolsonaro estreava no mandato de vereador no Rio, depois de retirado do Exército acusado de planejar ações terroristas nos quartéis.

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