“Eu não vejo isto aqui [a CPI] como um circo, como uma palhaçada, porque tiveram que fazer alguma coisa, tiveram que agir. Entendeu? eu não quero um país que dê arma para os meus filhos, para os meus netos. Não quero, não quero, não quero. Eu quero um país que dê livros, que dê educação, sabe? Eu quero que os senhores, que nos representam – nos representam, né… Aqui [o Senado] é nossa Casa, e a gente tem que confiar no trabalho de vocês, que a gente tem que fiscalizar, sabe? A gente tem que cobrar, mas também tem que elogiar, sabe? Diziam, colocaram às vezes por muito tempo na minha cabeça, que política não servia para nada. Mentira! Serve para tudo. A nossa vida é uma política, porque aqui está a causa, mas a consequência chega lá… nas seis horas, sete horas que meu filho levou para ter um respirador. Então, eu tenho um grande agradecimento sobre todo esse trabalho.”
(Márcio Antonio do Nascimento Silva, taxista no Rio que perdeu um filho para a Covid-19, antes de entregar aos senadores da CPI da Pandemia uma caixa com 600 lenços brancos. Ele ficou conhecido por um episódio na praia de Copacabana, em abril de 2020, quando recolocou as cruzes, simbolizando os mortos, que haviam sido derrubadas na areia por um aposentado descontente contra o protesto contra o governo.)