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José Casado

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Direita avança com governadores bem avaliados, à margem de Bolsonaro

No país onde a esquerda venceu cinco das últimas seis eleições, é novidade a alta aprovação da direita nos estados onde vivem 40% dos eleitores

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 12h19 - Publicado em 16 abr 2024, 08h00
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  • No país em que a esquerda venceu cinco das seis eleições nas últimas duas décadas, é novidade o alto nível de  aprovação da direita no governo de estados onde vivem quatro em cada dez eleitores brasileiros.

    Os governadores de São Paulo, Minas, Paraná e Goiás chegaram à metade do mandato com elevados índices de apoio nos seus estados, mostra pesquisa Genial/Quaest divulgada na semana passada.

    Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG), são aprovados por 62%; Carlos Roberto Massa Júnior (PR), conhecido como Ratinho Jr., por 79%; e, Ronaldo Caiado (GO), é recordista com aval de 86%.

    A direita sempre teve força eleitoral expressiva, mas está avançando em visibilidade e prestígio nas ruas, nas urnas e nas pesquisas.

    Esses quatro governadores pertencem a gerações diferentes — Caiado tem 74 anos de idade; Zema, 59; Tarcísio, 48; e, Ratinho Jr., 42.

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    Têm estilos distintos de fazer política, mas convergem na moderação. Representam uma direita moderada — para alguns, civilizada —, tendo-se Jair Bolsonaro como referência.

    Eles trafegam no eleitorado que, em 2018 e em 2022, encontrou em Bolsonaro uma alternativa antipetista nas urnas.

    É notável o empenho deles em moldar a direita à margem de Bolsonaro, que vagueia sem mandato e está inelegível pelo menos até 2030.

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    Consolidam-se como líderes regionais, com olhos na sucessão presidencial e a preocupação de não dispensar  votos potenciais de quem escolheu a “fé” bolsonarista nem parecer hostis ao ex-presidente.

    Os estados que governam concentram 40% dos eleitores brasileiros, cuja maioria atribui ao governo federal aprovação coerente com o patamar alcançado por Lula (50,9% dos votos válidos) na eleição presidencial de 2022.

    Eles se mantêm críticos a Lula porque julgam que a economia piorou no último ano (49% no Paraná, 45% em Minas e Goiás e 42% em São Paulo). Estabelecem uma diferença: consideram a situação financeira pessoal e a economia de seus estados melhores do que a do país.

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    Varia a percepção dos problemas locais, num mosaico que expõe as fragilidades desses governadores. Em São Paulo, as críticas recaem sobre serviços de saúde e de segurança pública. Em Minas, reprovam-se as deficiências em infraestrutura e transporte público. No Paraná, a maior pendência está na saúde. E em Goiás, no transporte público.

    Em todos, a educação acha-se no topo da lista de aprovação. Mas nada supera a percepção favorável sobre a segurança pública em Goiás: 69% de avaliação positiva.

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