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CPI pode requisitar gravação de conversa no Alvorada

Basta consultar o video ou a versão taquigráfica da sessão da CPI: deputado Luis Miranda deixou claro que há registro gravado da conversa com Bolsonaro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 jun 2021, 10h02 - Publicado em 27 jun 2021, 09h30
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  • Jair Bolsonaro e o deputado Luis Miranda posaram juntos depois da reunião do sábado 20 de março no Palácio da Alvorada
    Jair Bolsonaro e o deputado Luis Miranda posaram juntos depois da reunião do sábado 20 de março no Palácio da Alvorada  (Reprodução/Twitter)

    Se há dúvida, basta consultar o video ou a versão taquigráfica da sessão de sexta-feira da CPI da Pandemia.

    O deputado Luis Miranda (DEM-DF) deixou claro que há registro gravado da conversa dele e de seu irmão com Jair Bolsonaro no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, sobre a estranha transação no Ministério da Saúde para compra da vacina indiana Covaxin.

    Eram 20h12m, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentava extrair de Miranda, até ali sem êxito, o nome do deputado que, segundo ele, o presidente acusara de liderar o lobby do contrato de R$ 1,6 bilhão para compra da vacina, com corretagem privada nacional e a preço 1.000% maior do que havia sido anunciado seis meses antes pela própria fabricante [mais tarde ele revelou que se tratava do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros] .

    Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, interveio: — O senhor não se lembra, ele faz parte da base do governo? Continua fazendo parte da base do governo?

    Miranda resistia: — Como eu disse, como eu não lembro exatamente quem é a pessoa… Naquele momento eu me lembro que… É aquela imagem: você fala o nome, você sabe quem é a pessoa que é do… é da base, né? Mas não me lembro a pessoa, não me lembro mais o nome. São 513 deputados. É complicado lembrar o nome de todos.

    Aziz insistiu, Miranda começou a titubear: — Mas eu posso lembrar. Igual a [uma] senadora falou há pouco, o seguinte: ‘O senhor gravou a conversa?’. Eu tinha mania de gravar algumas conversas, mas eu não gravo conversa com o presidente…

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    — Porque vossa excelência respondeu… — Aziz começou a argumentar.

    Então, Miranda interrompeu: — Mas posso tentar procurar na gravação, assim o presidente também não poderia me desmentir, né?

    Ontem, em duas entrevistas, Miranda acrescentou detalhes. A repórter Camila Turtelli, do Estadão, perguntou-lhe:

    — Como o senhor poderá sustentar sua narrativa se o presidente Jair Bolsonaro simplesmente disser que o senhor está mentindo sobre a conversa que tiveram no dia 20 de março?

    Miranda retrucou: — Se ele falar isso, eu provo contrário.

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    — O senhor gravou a conversa?

    — Eu não gravaria um presidente, mas eu não estava sozinho [seu irmão Luis Ricardo participou, não está claro se havia mais alguém na sala do Alvorada]. Não estamos mentindo e não tem por que mentir, mas se forçar demais a gente certamente tem como mostrar a verdade e de um jeito que vai ficar muito ruim para o presidente. Ele sabe a verdade. Ele tem de cuidar agora é do caso e não das pessoas que tentaram ajudar ele.

    Foi claro, também, em conversa com o repórter Diego Amorim, do portal O Antagonista, sobre um eventual desmentido de Bolsonaro: — Aí ele vai ter uma surpresa mágica. Se ele fizer isso, terei de fazer algo que um parlamentar nunca deveria fazer com um presidente. Eu tenho como comprovar, mas na hora certa.

    – Tenho como comprovar — acrescentou — que ele escutou tudo o que eu falei para ele.

    É provável que a CPI intime Miranda a entregar o acervo de gravações sobre o caso, a começar pela   conversa com Bolsonaro.

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