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Comida na mesa é o fator que vai decidir a eleição em 45 dias

Num país onde 40 de cada 100 eleitores dependem da ajuda do governo para comer, a melhor proposta vai viabilizar o futuro do candidato em outubro

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 ago 2022, 18h51

A propaganda nas ruas e na internet a partir de hoje indica o início da fase decisiva da campanha eleitoral, quando candidatos prometem a redenção de um país agoniado à massa de eleitores desconfiados.

Pela média das pesquisas até ontem, Lula é favorito, seguido por Jair Bolsonaro, e haveria alguma chance de decisão já no primeiro turno, em 45 dias.

Em política tudo é possível, mas o bom senso dos políticos, lastreados na história, nas sondagens e no próprio instinto, recomenda cautela às torcidas. Numa campanha eleitoral de apenas seis semanas, cada dia até o domingo 2 de outubro é eternidade.

Em 2018, por exemplo, o cenário mudou no atentado contra Bolsonaro num comício em Juiz de Fora (MG), no sábado 6 setembro. Depois de três semanas de campanha na cama, recebeu 46% da votação nacional — venceu em 16 Estados, em 13 deles com mais da metade dos votos válidos. Foi ao segundo turno e saiu vitorioso com 55% do total.

Agora, é diferente. Lula e Bolsonaro têm massa de votos consolidada, indicam as pesquisas, porém ainda insuficiente.

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Um para se sentir seguro sobre vitória no primeiro turno — algo que nunca conseguiu em três décadas como candidato profissional e único do Partido dos Trabalhadores.

Outro para, no mínimo, assegurar bom desempenho na passagem ao segundo turno eleitoral. Para avançar, com perspectiva real de poder, Bolsonaro vai precisar demonstrar habilidade em subtrair votos de Lula.

Sua principal cartada, no momento, está na transferência direta de renda aos pobres (cerca de R$ 40 bilhões via Auxílio Brasil); nos subsídios à classe média (R$ 32 bilhões em gasolina); e, no crédito aos microempresários (R$ 60 bilhões).

Bolsonaro e Lula têm 45 dias para buscar votos na fatia do eleitorado menos suscetível à retórica messiânica ou salvacionista, hoje dividida entre a dezena de adversários. Não se sabe exatamente quantos são, mas representariam parte expressiva, entre 15% e 20%, dos 156 milhões aptos a votar.

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No front da propaganda, a batalha eleitoral será travada com base nas cores da emoção, filtrada pelas críticas mútuas.

Na vida real, todos os candidatos estarão igualados diante de uma questão básica que transparece nas pesquisas como decisiva para a maioria dos eleitores acossada pela crise econômica: quem vai pôr comida na mesa?

Num país onde 40 de cada 100 eleitores dependem da ajuda do governo para comer, a melhor resposta, ou proposta, tende a assegurar passagem para o futuro no domingo de urnas, seja dia 2 ou 30 de outubro.

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