Quando o domingo terminar, os argentinos já devem ter definido o tamanho do poder real que a ex-presidente Cristina Kirchner terá a partir de dezembro.
Vice-presidente de Alberto Fernández e presidente do Senado, ela depende do resultado das eleições legislativas em oito províncias.
Num cenário provável, Kirchner comandaria uma bancada reduzida de 41 para 35 senadores, como indicaram as primárias de dois meses atrás. Ou seja, ainda seria influente, com uma ala numerosa do peronismo, mas empobrecida em votos no Legislativo. Precisaria negociar com outros partidos a maioria mínima necessária para aprovar projetos e sancionar leis. Hoje, ela reina absoluta.
A derrota nas urnas pode, também, selar o racha no governo, com separação total entre Fernández e sua vice, e dar fôlego à oposição, liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri.
O resultado de hoje define o tamanho da fatura da crise econômica que 45 milhões de argentinos começam a pagar já a partir de amanhã. Exemplo: se haverá imediata maxidesvalorização da moeda em 30%, ou se ela acontecerá de forma “parcelada” pelos próximos meses.