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Informação e análise
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Agora, a confusão do governo é com a Seleção

É grande a pressão para impedir o protesto dos jogadores, previsto para terça-feira, contra a a Copa América no país devastado pela pandemia

Por José Casado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 jun 2021, 09h30
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  • O presidente da CBF, Rodrigo Caboclo, e o presidente da República, Jair Bolsonaro -
    Bolsonaro e o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rodrigo Caboclo — (Lucas Figueiredo/CBF)

    Se experiência é o nome que se dá aos erros, o governo Bolsonaro acaba de ficar mais experiente. Se meteu numa grande confusão com a joia mais cara do esporte nacional: a Seleção Brasileira.

    Tendo perdido o controle da pandemia, enredado em inquéritos no Supremo e numa CPI no Senado, resolveu testar a popularidade com a promoção da Copa América.

    No Palácio do Planalto a negociação foi feita com celeridade surpreendente até para a cartolagem da Conmebol e anunciada em tom solene por Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, citando o “apoio” dos seus 22 ministros. “Assunto encerrado”, decretou.

    O problema está na realização de uma festa do futebol num país devastado pela pandemia, cenário de mais de 472 mil mortos e com 63 mil novos casos confirmados por dia. A reação negativa foi imediata. Só  quatro governadores concordaram (Rio, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal). João Doria, de São Paulo, aceitou e recuou.

    Agora, a confusão do governo é com os jogadores, que protestam. Prevê-se para terça-feira um manifesto coletivo contra a Copa América no Brasil, depois do jogo com o Paraguai pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Ontem, era intensa a pressão para que desistam.

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    Pouco importa, o estrago está feito. A pressa marqueteira do Planalto deixou Bolsonaro em situação similar à do técnico Vicente Feola, ao orientar a seleção antes da partida contra a União Soviética, na  Copa do Mundo de 1958:

    — Logo de saída, joguem a bola no Garrincha — disse, segundo a versão resgatada por Marcio Bueno no livro Faíscas Verbais. “Ele desce pela direita, vem um russo pra dar combate e dois russos se aproximam pra ficar na cobertura. Com três russos marcando o Garrincha, sobram dois atacantes brasileiros sem marcação. Aí, é só o Garrincha correr para a linha de fundo, cruzar e…

    O atento Garrincha interrompeu o técnico: — Vocês já combinaram com os russos?

    Bolsonaro anunciou uma Copa. Só esqueceu de combinar com o público, o técnico e os jogadores da Seleção Brasileira.

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