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Isabela Boscov

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Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Efervescente e entusiasmado como o próprio personagem

Por Isabela Boscov Atualizado em 4 jun 2024, 19h55 - Publicado em 5 jul 2017, 17h22
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  • Homem-Aranha: De Volta ao Lar
     (Sony Pictures/Marvel/Divulgação)

    Aos 21 anos recém-completados, o inglês Tom Holland não é apenas o mais jovem dos três atores a encarnar o Homem-Aranha até aqui (Tobey Maguire tinha 27 no seu primeiro filme e Andrew Garfield, 29). É também o mais jovial deles – e, desde sua excelente participação em Capitão América: Guerra Civil, estava claro que essa efervescência adolescente era a melhor contribuição que ele daria ao personagem. Peter Parker tem 15 anos em De Volta ao Lar, e com os 15 anos vêm não só aquele entusiasmo constante e aquela energia inesgotável, mas também os erros de cálculo típicos da idade: Peter acha que sabe tudo e tudo pode; adultos, mesmo os mais queridos e admirados, como a Tia May e o Homem de Ferro, nunca entendem, e portanto é melhor nem contar nada para eles – e Peter vai em frente, tentando consertar desastres que, na maior parte, ele mesmo criou com a sua vontade de agradar e de se provar. Não existe definição melhor do que essa para a adolescência, esse cabo-de-guerra entre o desejo de aprovação e a sede de independência. E Tom Holland, em tudo adorável, faz o filme à sua imagem e semelhança – também ele adorável, entusiasmado, efervescente e, às vezes, inconsciente de suas fraquezas.

    Homem-Aranha: De Volta ao Lar
    (Sony Pictures/Marvel/Divulgação)

    Entre essas, está a relutância do filme em deixar que a ameaça de que Michael Keaton é capaz se desenvolva plenamente. Keaton faliu como empreiteiro de obras, mas se reinventou como o Abutre, um traficante de armas construídas com o material alienígena que sobrou da guerra vista no primeiro Vingadores. Há poucos atores tão bons quanto Keaton em criar uma corrente subterrânea de raiva – raiva pura, sem diluição e muito humana, e não aquele banal desejo de dominação dos supervilões. De Volta ao Lar, porém, tem um certo temor de mergulhar nessa corrente, embora, presumivelmente, a habilidade que o diretor Jon Watts demonstrou nesse campo com A Viatura é que decidiu sua contratação. Como Liz, a menina dois anos mais velha por quem Peter é apaixonado, Laura Harrier não chega a causar grande impressão – muito mais marcante é Zendaya como a garota inconformista que, espera-se, vai ter papel bem maior no próximo filme. Entre os prazeres de De Volta ao Lar, figuram lá no alto da lista as sensacionais homenagens a Curtindo a Vida Adoidado, o mega-máxi-clássico adolescente de 1986 (não perca a última das duas cenas pós-créditos), e, claro, o fato de que não passa despercebida ao Tony Stark de Robert Downey Jr. a ironia de que, tendo sido sempre o mais inconsequente e voluntarioso dos Vingadores, cabe a ele agora ensinar paciência e responsabilidade ao seu jovem pupilo.

    Homem-Aranha: De Volta ao Lar
    (Sony Pictures/Marvel/Divulgação)

    Já a Tom Holland acho que não há muito o que ensinar: revelado com um desempenho devastador em O Impossível, em 2012, ele está na categoria Christian Bale de atores que, embora tenham começado pequenos, nunca foram mirins.

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    Trailer

    HOMEM-ARANHA: DE VOLTA AO LAR
    (Spider-Man: Homecoming)
    Estados Unidos, 2017
    Direção: Jon Watts
    Com Tom Holland, Robert Downey Jr., Michael Keaton, Marisa Tomei, Laura Harrier, Zendaya, Jacob Batalon, Jon Favreau, Bokeem Woodbine, Tony Revolori, Donald Glover, Gwyneth Paltrow
    Distribuição: Sony Pictures
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