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Satélite mostra que proibição de queimadas na Amazônia ainda não funcionou

Imagens revelam que grandes incêndios aconteceram durante o período em que a prática foi proibida no bioma

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jul 2020, 13h05
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    Focos de calor próximos a área com registro de desmatamento Prodes, em Nova Maringá (MT) (Christian Braga / Greenpeace/Divulgação)

    Em 16 de julho foi assinado o decreto que proíbe queimadas controladas na Amazônia e no Pantanal durante um período de 120 dias. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, presidente do Conselho Nacional da Amazônia, anunciou a medida para apaziguar os ânimos de investidores internacionais, que começaram a pressionar o governo após a divulgação de altos índices de desmatamento no Brasil.

    No entanto, de acordo com o Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (MAAP, em inglês), iniciativa da ONG americana Amazon Conservation, 45 grandes queimadas foram identificadas entre maio e a última semana de julho. 80% delas aconteceram em áreas de desmatamento recente, entre 2018 e 2020, e 65% podem ter sido ilegais, por violarem a moratória nacional.

    A primeira grande queimada foi detectada em 28 de maio, no Mato Grosso. Outros doze grandes incêndios ocorreram no mesmo estado em junho. Um decreto estadual para proibir o uso de fogo entrou em vigor em 1º de julho, antes da determinação nacional, e parece ter surtido efeito, pois o satélite não registrou novas grandes queimadas na região ao longo do mês.

    Ao mesmo tempo, em meados de julho foram identificadas grandes queimadas no Amazonas, Rondônia e Pará, já dentro do período da proibição nacional. Por isso, no primeiro momento, a moratória parece não ter inibido a prática criminosa. A equipe do MAAP chegou a estimar um local específico com grande potencial para queimar e a previsão se confirmou. No Amazonas, uma área de 2.395 hectares foi desmatada entre janeiro e maio. Em julho, a mesma região pegou fogo.

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    De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o município de Apuí, no Amazonas, concentra o maior número de focos de calor na Amazônia em 2020, com 496 alertas. O estado registrou aumento de 22% de queimadas entre janeiro e 28 de julho em comparação ao mesmo período do ano passado. No caso do Pará, o aumento no mesmo período foi de 43%.

    De acordo com o MAAP, a tecnologia funciona pela seguinte lógica: quando os incêndios queimam, eles emitem gases e aerossóis. Um novo satélite, o Sentinel-5P da Agência Espacial Europeia, detecta essas emissões. Assim, a principal característica do aplicativo é detectar emissões elevadas que, por sua vez, indicam a queima de grandes quantidades de biomassa. Por exemplo, o aplicativo distingue pequenos incêndios que limpam áreas antigas (e com pouca biomassa) de grandes incêndios que queimam áreas recentemente desmatadas ou florestas em pé (e queimam muita biomassa).

    satelite_queimadas
    (MAAP/ Amazon Conservation/Divulgação)
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