Silval Barbosa (PMDB), ex-governador de Mato Grosso, que passou quase dois anos preso por desviar milhões dos cofres do estado, implicou quase toda a classe política mato-grosensse em acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal — ele apresentou material cuja gravidade, por exemplo, é comparada à videoteca que derrubou José Roberto Arruda, ex-governador do Distrito Federal, na Operação Caixa de Pandora. Silval citou nomes que, segundo ele, estariam envolvidos em esquemas de propina, como os dos senadores Cidinho Santos (PR) e Wellington Fagundes (PR), o governador Pedro Taques (PSDB) e o ministro Blairo Maggi (PR). Silval foi o principal alvo da Operação Sodoma, de setembro de 2015. Mas, se tudo o que disse às autoridades — ele confessou os crimes — for comprovado, muita gente ainda poderá parar atrás das grades.