O cerco está se fechando e até o PSDB já faz parte dele.
Todos os 45 deputados da bancada tucana com os quais Aécio Neves se reuniu na terça-feira defenderam o pedido de abertura de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff, segundo a Época.
Motivos não faltam.
1) O crime de responsabilidade de Dilma é um deles.
O ministro José Múcio Monteiro, relator do processo contra as fraudes praticadas em 2014 para encobrir o déficit fiscal, vai seguir a linha do procurador Júlio Marcelo de Oliveira e recomendar a investigação contra as pedaladas do governo, segundo a Folha.
A votação está prevista para esta quarta-feira (assim como a da representação, com pedido de cautelar, contra os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União quer firmar com as empreiteiras do petrolão, à margem da Justiça, para evitar que elas sejam declaradas inidôneas e que responsabilizem Lula e Dilma pelo esquema de corrupção na Petrobras).
O plenário do TCU, formado por nove ministros, pode acatar ou não a recomendação.
Se acatar, o PSDB finalmente poderá apresentar o pedido de impeachment sem medo da propaganda do PT.
2) O acobertamento da CGU à campanha de Dilma é outro motivo.
Jonathan David Taylor, da SBM Offshore, denunciou ao órgão, em 27 de agosto de 2014, o pagamento de propina na Petrobras, mas as autoridades abafaram o inquérito até Dilma Rousseff ser reeleita, como revelou a Folha na terça.
A CGU alegou que o engavetamento se deu porque faltavam provas mais consistentes sobre as denúncias.
A Folha desmontou a mentira nesta quarta.
Os documentos enviados por Taylor à CGU detalhavam o repasse de 31 milhões de dólares em propinas, com dados sobre depósitos feitos entre 2008 e 2011 em uma conta da Bienfaire, empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e controlada pelo lobista brasileiro Júlio Faerman, apontado como o operador encarregado de distribuir o suborno no país.
E não para por aí:
“A Folha de S. Paulo teve acesso ao documento, uma tabela com os valores, as datas dos depósitos e os projetos da Petrobras a que se referem. Segundo o documento, três transferências para o lobista, no total de US$ 4,6 milhões, foram feitas por causa da plataforma P-57, inaugurada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010, quando ele estava em campanha para eleger Dilma Rousseff”.
Repito: a mesma campanha de Dilma que embolsou 300 mil dólares em propinas da SBM, como denunciou Pedro Barusco à CPI da Petrobras.
Tem mais:
Taylor também repassara à CGU um e-mail do chefe da auditoria interna da SBM, que dizia:
“Cancelar as referências para análise das atividades relacionadas ao Brasil e a Julio Faerman e órgãos relacionados, já que nós desejamos colocar essa parte da investigação em espera, por enquanto”.
Ou seja: a SBM tentou acobertar a Petrobras até o fim, mas a CGU achou bacana colocar essa parte da investigação em espera até a reeleição de Dilma.
As provas para a abertura de um processo de impeachment estão na mesa, Eduardo Cunha.
Deixe de ser amarelão.
3) Os funcionários da Caixa terão de pagar pelo rombo das fraudes petistas, assim como os dos Correios.
Eles serão obrigados a desembolsar um adicional ao longo de 12 anos para compensar o buraco de 5,5 bilhões de reais, assim como os do Postalis terão de cobrir com um quarto de seu salário durante 15 anos e meio o rombo de mesmo valor no fundo de pensão estatal.
E pensar que Romário retirou a assinatura para a CPI dos Fundos de Pensão…
Agora, a única chance de os cúmplices morais do PT se redimirem, em parte, é apoiando o impeachment de Dilma Rousseff.
4) O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, preso nesta quarta-feira, passou 10 anos roubando a Petrobras.
Foi o que disse o procurador Carlos Fernandes Santos Lima, na entrevista coletiva sobre a 12° fase da Operação Lava Jato:
“Vaccari já vem sendo investigado há bastante tempo. Já temos uma denúncia de doações oficiais que, na verdade, escondem operações de lavagem de dinheiro relativas a valores da corrupção da Petrobras. Nós verificamos que ele tem uma trajetória desse tipo de operação desde 2004. Diante disso, de uma reiteração de conduta que vem desde 2004 até pelo menos 2014, nós acreditamos necessária a prisão de Vaccari”.
O delegado da PF Igor Romário de Paula, o Romário do bem, acrescentou:
“Vaccari é mencionado por pelo menos cinco delatores como sendo intermediador de propinas do PT. Os fatos que são atribuídos a ele não estão só baseados nos depoimentos dos cinco delatores, mas também em material aprendido, fornecido por esses delatores, e material apreendido no corpo da operação. A característica de reiteração criminosa dele é bem clara”.
Como queríamos demonstrar no post anterior:
A elite vermelha do PT é criminosa, reincidente e milionária.
E tem de cair por completo, com a extinção do partido.
Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil
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