1.
Eu acho ótimas as invasões de reitoria. Só não entendo por que não colocam grades na porta e deixam os bandidinhos lá dentro.
O sistema prisional brasileiro precisa de celas universitárias.
2.
Quando um maconheiro revolucionário fala em “autonomia universitária”, ele está dizendo que passar no vestibular lhe deu o direito de fundar um novo país no campus acadêmico, onde só valerão as leis que lhe agradam. Quando um presidente petista fala em “ampliar a democracia”, ele está dizendo que ser eleito lhe deu o direito de fundar um novo país em território nacional.
3.
Maconheiros revolucionários e seus professores marxistas da UFSC, além das reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco, reclamam de que não foram avisados da ação da polícia. A moda Cabral-Beltrame de avisar aos bandidos antes de subir os morros do Rio para instalar UPP fez tão mal ao Brasil que agora todo mundo quer receber um “Save the date”.
4.
A nota da UFSC assinada pelas reitoras dizia o seguinte: “Em todos os contatos com a Polícia Federal sempre foi solicitado que quaisquer ações de repressão violenta ao tráfico de drogas fossem realizadas fora das áreas da universidade.”
Os traficantes do Complexo da Maré poderiam dizer o mesmo: “Em todos os contatos com a Polícia Federal sempre foi solicitado que quaisquer ações de repressão violenta ao tráfico de drogas fossem realizadas fora das áreas da comunidade.”
Todo mundo que comete ou protege quem comete crimes no Brasil poderia dizer: “Em todos os contatos com a Polícia Federal sempre foi solicitado que quaisquer ações de repressão violenta aos nossos crimes fossem realizadas fora das áreas onde os cometemos.”
Se delegados como Paulo Cassiano Júnior atendessem a solicitações assim, em vez de responder que “Nós não temos compromisso se a reitora com seu comportamento condescendente pretende transformar a universidade em uma república de maconheiros“, teríamos um país ainda mais lindo e maravilhoso, com a maconheirada se mudando de mala e cuia para todos os campus mantidos com os nossos impostos.
A cada dia mais, qualquer estudo “violento” precisa ser realizado fora da universidade brasileira.
5.
Um dos professores pró-território livre da UFSC escreveu no Facebook que “A Universidade foi agredida”. Todo revolucionário é assim: faz o seu próprio grupelho de vítima dos abusos que cometeu e dá a ele o nome da verdadeira vítima de seu próprio grupelho.
A universidade, no caso, é “agredida” duas vezes: quando o grupelho desrespeita as leis dentro dela e quando o professor coloca a culpa disso nos agentes que, enfrentando a resistência do grupelho, vieram fazer as leis serem cumpridas.
6.
Já o professor de arquitetura Lino Peres é vereador do PT em Florianópolis. (Preciso continuar? Ok.) Ele disse: “Já fui chefe do departamento de arquitetura e conseguimos estabelecer regra de convívio sem precisarmos dessa arbitrariedade.” Quem melhor do que um petista para ensinar à Polícia as “regras de convívio” com quem comete crimes, não é mesmo? Vai ver o delegado Paulo Cassiano precisa de umas aulinhas com o professor Peres.
7.
A UFSC é aquela universidade onde há “Jornadas bolivarianas”, nas quais é ensinada uma droga muito mais pesada que a maconha, como já comentou Reinaldo Azevedo. Lá se reclama das balas de borracha da polícia contra aqueles que infringem a lei, enquanto se faz propaganda da ditadura assassina que manda chumbo grosso em manifestantes que exigem democracia.
Não duvido que haja professores do PSOL também.
8.
De resto, o Brasil se repete tanto que nada melhor do que já ter escrito a respeito. A maconheirada revolucionária da UFSC já pode colocar o episódio da semana em seu portfólio de militante, assim como os delinquentes da USP de 2011. Todos têm um grande futuro “nêsti paíf”.
Invada a reitoria você também [09/11/2011]
Felipe Moura Brasil
Você é a favor das drogas? É contra a polícia no campus? Não tem mais o que fazer? Ótimo!
Participe da próxima invasão de reitoria e incremente o seu portfólio de militante.
O pacote inclui: manchetes e fotos de primeira página em todos os jornais, fotogalerias nos sites jornalísticos, vídeos no youtube, repercussão nas redes sociais, reportagens benevolentes na TV Globo, depoimento solidário (“Não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia”) do Ministro da Educação e pré-candidato petista à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad – e muito mais!
Em especial: a foto da vitória! Todos unidos na saída da delegacia exibindo o documento de liberação após o pagamento da fiança de R$ 545! Fiança paga, é claro, com o dinheiro público dos nossos sindicatos, entidades e movimentos sociais, que cuidam de todas as despesas pra você, incluindo os advogados. Isso mesmo: ninguém precisa chamar o papai!
Venha! Traga o seu capuz. Traga o seu baseado. Traga o seu galão de gasolina e o seu coquetel molotov.
Após a invasão, basta ignorar as ordens judiciais, aguardar a chegada da polícia com a(s) câmera(s) do(s) seu(s) celular(es) ligada(s) e resistir bravamente à prisão, com o máximo possível de vitimismo heroico e acusações histéricas. Vamos juntos imputar ao governo tucano qualquer indício de truculência policial! Todo sangue é bem-vindo!
Aproveite ainda para arremessar pedras nos repórteres e destruir seus equipamentos, que nós garantimos a sua absolvição moral. Você e seus amigos delinquentes serão tratados como “manifestantes” (Folha de São Paulo), “estudantes” (O Globo) e até “os meninos” (Jornal Nacional)! É muita honraria à sua espera.
Mas lembre-se: não basta, por fim, reunir 5% dos alunos em assembleia e afetar os demais 95% com a declaração de “greve geral”.
É preciso, também, participar das festinhas do DCE, com Open Bar de ervas e charutos cubanos.
Comece em alto estilo a sua carreira na militância esquerdista.
Inscreva-se já!*
*Os 100 primeiros ganham uma carteirinha do PT.
Felipe Moura Brasil – https://www.veja.com/felipemourabrasil
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Veja também o post:
– A República dos Maconheiros já tem “bandeira” e tudo! Não falei que eles queriam fundar um novo país no campus?