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Felipe Moura Brasil

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Em sessão cômica, maioria do STF rejeita ação comunista contra ordem de votação do impeachment

"Se presidente precisa do Judiciário para se manter, não tem mais condições", diz Gilmar

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 5 jun 2024, 04h06 - Publicado em 14 abr 2016, 22h48

Gilmar

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitou nesta quinta-feira a ação do PCdoB contra a ordem de chamada dos deputados para a votação do impeachment na Câmara, prevista para domingo (17).

Com isso, a ordem definida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha, será mantida, conforme documento reproduzido no fim deste post.

Votaram pelo indeferimento: Teori Zavascki, Luiz Fux, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Votaram pelo acolhimento parcial: Luís Roberto “Minha Posição” Barroso e Luiz Edson Fachin.

Votaram pelo acolhimento: o ministro 247 Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski, como não poderia deixar de ser.

Ausentou-se: Dias Toffoli.

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Comentei em tempo real a cômica sessão.

Eis as tuitadas:

– Um deputado de oposição me diz que placar atualizado do impeachment está em 361 votos a favor, 128 contra e 24 indecisos. Governo em pânico.

– Oposição divulga número de votos um pouco abaixo do que tem de fato para garantir escalada do número no noticiário até votação de domingo.

– Se você é um estudante insatisfeito com sua posição na chamada da escola, faça como o PCdoB: entre com recurso no STF.

– Em Brasília já se diz que Lewandowski votará pela anulação do relatório do impeachment. Mas de Lewandowski todo mundo espera sempre o pior.

– Após discutir ordem de chamada, STF deverá discutir se carteiras devem ficar alinhadas em fileiras ou em círculo na sala de aula. Não perca.

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– Gilmar Mendes ensina a Marco Aurélio que partido vem de parte e não é para ser imparcial. Processo, com base legal, é político na Câmara.

– Gilmar ironiza Marco Aurélio dizendo que sempre aprende com ele. Ministro 247, incapaz de ironia fina, repete a de Gilmar contra Gilmar.

– José Eduardo Cardozo apareceu na plateia do STF roendo as unhas. É o desespero.

– Ministro 247 Marco Aurélio Mello defere pedido do PC do B, afastando votação de Sul a Norte no impeachment. Surpresa zero.

– Ninguém entendeu voto de Fachin. Dificuldade dos ministros em falar um português sem maneirismos complica a própria comunicação entre eles.

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– Lewandowski defende Marco Aurélio e confronta Fachin e Mendes. Lewandowski sempre lewando.

– Barroso, que atropelou a Câmara na decisão sobre rito do impeachment, diz que Supremo deve ser o menos intrusivo possível. Que piada.

– Barroso: “Eu sustentei que nós deveríamos seguir tudo na mais estrita semelhança do caso Collor.” E não seguiu! Rito previa chapa avulsa.

– Gilmar Mendes alfinetou ministros que tentam favorecer Dilma: “Se há falta de votos, não há intervenção do Judiciário que salve.”

– Lewandowski intervém de novo para favorecer Dilma, quando Barroso já tomava decisão de Cunha como aceitável, mesmo não sendo sua preferida.

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– Imagine Lewandowski comandando o julgamento do impeachment do Senado: o senador vai votar contra Dilma, na cara do gol, e ele apita: perigo!

– Barroso votou por manter ordem Sul-Norte de Cunha, mas pregando seguir latitude dos estados, não por região. Seja lá o que se entenda disso.

– Barroso diz que interpretação descartada por Cunha é inconstitucional por ofensa a direito de minoria, mas PCdoB não alegou isso, diz Teori.

– Teori: “Nós não estamos decidindo aqui qual é a melhor interpretação do regimento.” Ufa. Alguém disse o óbvio.

– Teori mostrou que ação do PCdoB não faz o menor sentido, mas Barroso acha que faz por um motivo que a ação não apontou. É cômico.

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– Só falta Barroso dizer que é seu papel reescrever a ação do PCdoB.

– Lewandowski quer dizer qual é a melhor interpretação do regimento da Câmara. Ele quer fazer o papel do presidente da Câmara. Que vergonha.

– Cabe ao STF, se tanto, verificar se interpretação do presidente da Câmara está dentro da margem constitucional. Não decidir qual deve ser.

– Nunca antes na história deste país houve tanta confusão sobre lista de chamada. Qualquer conselho de classe de maternal já a teria definido.

– Luiz Fux diz que decisão é eminentemente política e não ultraja de modo algum a Constituição.

– Luiz Fux: “Nós não vamos agora no exercício da nossa função ditar regras de como deve se comportar o Parlamento.” Aleluia, ministro!

– Fux: “Como houve esse intervalo, evidentemente que colegas lavraram textos para leitura, mas é sempre bom ouvirmos todas as opiniões.”

– Fux: “Seria extremamente extravagante que o Poder Judiciário ditasse regras” para o Poder Legislativo. O STF é extravagante, Fux.

– Rosa Weber e Cármen Lúcia também indeferem pedido PCdoB. Já são 4 votos contra os comunistas.

– Gilmar Mendes é o quinto a indeferir liminar do PCdoB. Diz que procedimento é ‘interna corporis’ da Câmara.

– Gilmar aponta “dificuldade de indicar dispositivos que estão sendo violados” como aconteceu na decisão sobre rito do impechment. Exato.

– Celso de Mello ainda não votou. Se tiver coerência, manterá sua própria tese sobre não intervir na Câmara e completará maioria contra PCdoB.

– Gilmar: “Se presidente precisa de decisão judicial para se manter no cargo, não tem mais condições de ser presidente.” Exato, ministro.

– Gilmar Mendes enumera princípios apontados pelo PCdoB e diz: “Nenhum desses princípios resulta minimamente afetado”.

– Lewandowski diz que transmissão da TV Justiça será interrompida por horário eleitoral e pede recesso de 10 minutos, mas ministros rejeitam.

– Celso de Mello, como Gilmar, não queria nem conhecer da ação do PCdoB. Agora vota por indeferi-la, como antecipei. É o sexto a fazê-lo.

– Celso de Mello: “Não vislumbro uma situação de ofensa àqueles vários postulados ali referidos” na ação do PCdoB. Em resumo: era só mimimi.

– Celso de Mello: “Não vejo como ordem de votação possa ferir aqueles princípios” pois parlamentares “terão preservado o seu direito de voto”.

– Ministro 247 Marco Aurélio veste carapuça do discurso de Celso de Mello sobre natureza política do processo e faz mimimi em vez de aprender.

– Celso de Mello: Processo é político e não há como se exigir neutralidade. Acrescento: STF é que faz política quando nega legitimidade dela.

– Derrotado, Lewandowski tenta justificar conhecimento da ação: “não se trata de afrontar separação dos poderes”. É disso, sim, que se trata.

– Risinho de Marco Aurélio para Lewandowski ao falar do “âmago da questão” é sinal de que virão com tudo contra relatório do impeachment.

– Cardozo pediu a inclusão das cenourinhas na denúncia contra Dilma, mas Marco Aurélio prefere incluir apenas os morangos.

– Teori foi perfeito no voto que guiou maioria do STF (6×4) à rejeição da ação do PCdoB. Aproveito assim raríssima oportunidade de elogiá-lo.

ordem-de-votacao-e1460680625485

Ordem de Cunha mantida

pauta

Outros recursos a serem julgados pelo STF

Felipe Moura Brasil ⎯ https://preprod.veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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