A bilheteria dos cinemas brasileiros mais do que dobrou em 2022, registrando um aumento de 102% em relação a 2021. Segunda dados da Comscore apurados por VEJA, o mercado nacional arrecadou 1,85 bilhão de reais em bilheteria entre os dias 1º e janeiro e 31 de dezembro deste ano, contra 914,95 milhões recolhidos no mesmo período de 2021.
Depois de dois anos em marcha lenta por causa dos efeitos da pandemia, o setor sonha em alcançar patamares pré-pandêmicos, mas o feito ainda não se consolidou: em 2019, o último ano sem o cataclisma causado pelo vírus, a bilheteria no Brasil foi de 2,8 bilhões de reais, 35% maior do que a embolsada este ano. O resultado se deve principalmente às estreias de superproduções, confira a seguir o ranking:
1º Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (R$ 169,4 milhões)
2º Thor: Amor e Trovão (R$ 123,7 milhões)
3º Minions 2: A Origem de Gru (R$ 122,2 milhões)
4º Avatar: O Caminho da Água (R$ 120,6 milhões)
5º Batman (R$ 114,9 milhões)
6º Pantera Negra: Wakanda para Sempre (R$ 111,9 milhões)
7º Top Gun: Maverick (R$ 110,5 milhões)
8º Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (R$ 105,2 milhões)
9º Adão Negro (R$ 80 milhões)
10º Jurassic World: Domínio (R$ 76,9 milhões)
O resultado, no entanto, aponta uma recuperação crescente na indústria: depois de uma queda de 78% em 2020, amargando 646,3 milhões de reais naquele ano, a bilheteria nacional cresceu 41,5% em 2021, e mais do que dobrou em 2022, retomando a casa do bilhão pela primeira vez desde que os cinemas fecharam as portas.
O público também aumentou: de 2021 para 2022, o número de pessoas que foram aos cinemas no país subiu 84%, indo de 52,84 milhões para 97,44 milhões. A diferença de percentual entre arrecadação e audiência se deve, geralmente, à variação de preço nos ingressos – Avatar: O Caminho da Água, por exemplo, que tem o visual como grande trunfo, tem uma procura significativa por exibições em salas IMax, que têm ingressos mais caros do que as telas tradicionais.