Para a cineasta e vencedora do Oscar Emerald Fennell, colocar Jacob Elordi no papel do jovem ricaço e sedutor que chama a atenção no hit Saltburn foi escolha fácil: “Você logo compreende que ninguém seria capaz de resistir a essa pessoa”, disse à revista Vanity Fair. O mesmo atributo conquistou outra diretora incensada, Sofia Coppola: ela constatou que podia confiar no australiano para ser o Elvis de Priscilla após levá-lo para tomar um café e notar que as garotas do recinto deixaram suas conversas de lado para encará-lo. Aos 26 anos, ele já ganhou uma linha de velas que emulam o suposto aroma da água usada em sua banheira e, diariamente, testemunha o compartilhamento de milhares de imagens suas nas redes sociais. O ator de 1,96 metro se encaixa facilmente em chavões como “sex symbol” e “estrela de cinema”. Elordi, porém, prefere a modéstia. “Só fico feliz que continuem me deixando fazer filmes”, disse em entrevista a VEJA.
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O galã do momento nas telas despontou com a franquia juvenil Barraca do Beijo, lançada pela Netflix em 2018. O sucesso veio a galope, mas com uma pegadinha: assim como o americano Noah Centineo, ele corria o risco de ficar engessado no papel de bonitinho de filmes teen. Mas teve sabedoria (e boa assessoria, claro) para evitar a armadilha. Impondo-se como um ator com mais a oferecer que o rosto de menino sensível, vem brilhando nos festivais de cinema e acaba de ser indicado ao BAFTA, prêmio máximo do Reino Unido. Seus projetos futuros indicam que seguirá apostando na ousadia: estará em filmes dos cineastas Guillermo del Toro e Paul Schrader.
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Ironicamente, ele quase desistiu da carreira logo no início, após se tornar alvo de paparazzi e de fofocas nas redes. Especulações, sobretudo, a respeito de seus namoros: teve um affair com Zendaya, colega na série Euphoria, e hoje está com a herdeira e influenciadora Olivia Jade. Vacinado contra os excessos da fama, Elordi prefere agora focar numa vida artística sustentável e sadia: “Idolatria e reverência são nocivas. Mantenho tudo isso a distância”. Enfim, um galã de classe.
Publicado em VEJA de 19 de janeiro de 2024, edição nº 2876