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Com Joaquin Phoenix, ‘Beau tem Medo’ atesta força criativa de Ari Aster

O diretor americano se impõe como um nome brilhante do terror psicológico, ao inventar tramas nas quais o pavor reside na própria família

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 10h52 - Publicado em 22 abr 2023, 08h00
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  • PARANOIA - Joaquin Phoenix (ao centro) na pele do esquisitão Beau: um protagonista assombrado pelo passado familiar
    PARANOIA - Joaquin Phoenix (ao centro) na pele do esquisitão Beau: um protagonista assombrado pelo passado familiar (A24 Films/Divulgação)

    Beau é um homem de meia-idade que vive constantemente apavorado — e com certa razão. Ele mora em um bairro violento, toma remédios controlados com efeitos colaterais perigosíssimos e, para arrematar, está sendo perseguido. Ou, pelo menos, acha que está: a mente de Beau é uma confusão generalizada — e é lá, na psique caótica e paranoica do personagem vivido por um frágil Joaquin Phoenix, que o cineasta Ari Aster ambienta o peculiar Beau Tem Medo (Beau Is Afraid; Estados Unidos; 2023), já em cartaz nos cinemas.

    Art-Horror: The Films of Ari Aster and Robert Eggers

    Aos 36 anos, Aster se impõe com seu novo trabalho como um dos nomes mais inventivos do cinema de terror, ao lado de Jordan Peele (de Corra!) e Robert Eggers (A Bruxa). Em comum, os três observam os fantasmas da humanidade a partir de lentes singulares: enquanto Peele injeta questões raciais no filão e Eggers explora a origem do medo em tramas chamadas de folk horror, Aster retrata pesadelos horripilantes em um ambiente dos mais básicos: o núcleo familiar. No caso de Beau, o que está em questão são os laços entre o filho e a mãe. Ao longo das quase três horas do filme, ele tenta realizar uma missão aparentemente simples: visitar a genitora em outra cidade. Na noite anterior à viagem, porém, sofre ameaça de um vizinho, dorme mal e perde a hora. Num descuido, a chave de seu apartamento é roubada, o que desata uma trilha de desventuras surreais.

    Freud sem traumas

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    Beau Tem Medo é apenas o terceiro longa da filmografia de Aster. Sua produção mais ambiciosa até aqui faz jus à fama obtida com os badalados Hereditário (2018) e Midsommar (2019). No primeiro trabalho, com Toni Collette no elenco, uma família vive uma série de tragédias após a morte da avó — uma mulher alinhada com forças um tanto obscuras. Já Midsommar acompanha a viagem de uma jovem — vivida por Florence Pugh — e o namorado a uma comunidade religiosa isolada (e perigosa), enquanto a moça se recupera de uma tragédia envolvendo a morte de vários parentes.

    Neurose e Não Neurose

    Em Beau Tem Medo, a câmera do diretor fica ainda mais íntima da visão de seus personagens. Na frustrada tentativa de ir à casa da mãe, com quem tem uma relação conturbada, Beau terá o apartamento invadido, será esfaqueado e sequestrado por uma família supostamente caridosa. Vai viver, ainda, uma aventura psicodélica numa floresta e reencontrará um amor do passado — tudo isso em meio a flashbacks bizarros e dilemas sexuais que fariam Freud corar. Aster dá ao espectador o poder de interpretar os tormentos de Beau como bem entender — qualquer que seja a conclusão, delírio criativo há de sobra aqui.

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    Publicado em VEJA de 26 de abril de 2023, edição nº 2838

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