Em um passado não muito distante, Russell Crowe se estabeleceu como o grande nome de Hollywood. O ator australiano, de origem neozelandesa, beirava os 40 anos de idade quando concorreu ao Oscar por três edições consecutivas: em 1999, por O Informante; em 2000, por Gladiador; e 2001 por Uma Mente Brilhante. Saiu dessa trajetória com o Oscar de melhor ator pelo filme de época Gladiador, dirigido por Ridley Scott, no qual interpretou, com muito sangue e suor, um general romano que virou escravo e busca vingança contra o imperador que matou sua família. O esperado futuro brilhante de Crowe, porém, se revelou um tanto opaco: nos últimos anos, o ator, hoje aos 59 anos, somou papéis risíveis em filmes ambiciosos, mas que não decolaram ou não combinaram com ele. Confira a seguir cinco papéis micados do ator:
O Exorcista do Papa
O trabalho mais recente do ator, em cartaz nos cinemas, crava de vez sua fase ruim em Hollywood. No longa, ele interpreta um padre com cara de justiceiro de ação que precisa encarar demônios e os velhos pecados da Igreja Católica. O resultado: um filme de terror que causa risos mais do que sustos.
A Múmia
Com Tom Cruise, o filme de 2017, sobre uma entidade egípcia que desperta e coloca o mundo em perigo, se tornou um daqueles títulos sem razão de ser no qual um estúdio de Hollywood jogou dinheiro pela janela. Claro, Crowe estava no elenco: na pele do histórico personagem do terror Henry Jekyll, o ator conquistou uma indicação ao Framboesa de Ouro – que “celebra” os piores do ano no cinema.
O Homem de Aço
Em 2013, Crowe interpretou o sem graça Jor-El, o pai do Superman, no longa com Henry Cavill. O ator afirmou que estava aberto a participar de mais longas com o herói, porém, ele não foi convidado para os demais títulos da DC – o estúdio, aliás, optou por entrar rapidamente na Liga da Justiça e deixou de lado planos de sequências do personagem solo. Recentemente, Crowe trocou a DC pela Marvel e fez uma ponta em Thor: Amor e Trovão – outra incursão curta e desnecessária do ator entre os super-heróis.
Noé
Talvez o pior papel da carreira de Crowe, o personagem bíblico ganhou uma superprodução em 2014 com o ator no papel principal. A produção de tom apocalíptica e tentativa de ser ecológica faz uma versão insossa do patriarca que salva a família e os animais do mundo de um dilúvio. Para Crowe, esse navio naufragou sem colete salva-vidas.
Robin Hood
Se há um marco na derrocada do ator, o filme de 2010 pode ser ele. Enquanto a parceria com o diretor Ridley Scott em Gladiador deu muito certo, aqui, ela não funcionou como deveria. Na tentativa de repaginar o personagem que rouba os ricos e dá aos pobres, o filme transforma Crowe num machão imparável – e um tanto sem sal.