A frase acima decorre de um adágio popular que diz: “O futuro a Deus pertence”. Com outras palavras, uma personagem da peça de teatro Dora não pode morrer diz a mesma coisa: “–Não sou adivinha. Ainda bem. Já imaginou se nós soubéssemos o futuro? Teríamos que renunciar à esperança”.
Quem diz isso é uma mulher já morta, porque, como os vivos querem ter controle sobre o passado, o presente e o futuro, eles raramente aceitam a falta de garantia. Por falta de sabedoria.
nadinha
Por ter uma parte animal e uma parte humana, o fauno é um tema recorrente na arte. Somos feitos de pulsões e de sublimações, e o fauno nos representa. Vendo, no Parque Trianon, o fauno do escultor Victor Brecheret, eu me disse que de nenhum outro eu gosto tanto. O fauno do Trianon evoca muitas cenas felizes do meu passado em São Paulo, particularmente os passeios com meu filho ainda pequeno.